Investigação acusa entidade maior do ciclismo de acobertar doping
Rio de Janeiro - Uma investigação conduzida pela Comissão Independente para Reforma no Ciclismo (CIRC, na sigla em inglês) acusou, nesta segunda-feira, a União Ciclística Internacional (UCI) de acobertar casos de doping como o do ciclista Lance Armstrong, a fim de proteger a reputação da modalidade.
Criada logo após o caso de Armstrong, um dos maiores da história do esporte, vir à tona. "No passado, a entidade sofreu com a falta de bons governantes, com indivíduos tomando decisões cruciais sozinhos, muitas delas diminuindo os esforços antidoping", explica o atual presidente da UCI, Brian Cookson.
O relatório ainda traz que a prática de se dopar seria algo comum no ciclismo. Bastante incisivo com mandatos de presidentes anteriores da UCI, a investigação cita os ex-presidentes Hein Verbruggen e Pat McQuaid.
Cookson diz que hoje a UCI não fecha mais os olhos para o doping. "O gerenciamento da UCI mudou. O estilo de liderança de Verbruggen é criticado no relatório e levou aos maiores erros", afirma.