Morre aos 80 anos, um dos principais nomes da história do ciclismo brasileiro
Araraquara - Um dos principais nomes da história do ciclismo, Anésio Argenton não resistiu às complicações pós-cirúrgicas e morreu na noite desta segunda-feira, em Araraquara, aos 80 anos. Anésio, conquistou títulos marcantes na década de 50 e 60, driblando todas as dificuldades de sua época.
No dia 17 de setembro, o ex-ciclista fez uma cirurgia para a retirada de um tumor intestinal, doença que lutava há oito anos. Anésio estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de São Paulo desde a última quinta-feira. No final de semana seu estado de saúde piorou. Na noite desta segunda-feira, 3 de outubro, não resistiu às complicações pós-cirúrgicas.
Anésio Argenton, foi tetracampeão brasileiro, tricampeão Sul-americano contra relógio, além de ser foi o único ciclista brasileiro que conquistou uma medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos, no ano de 1959, em Chicago. Teve duas participações em Jogos Olímpicos. Nas Olimpíadas de 1956 em Melbourne, o ciclista brasileiro conquistou a sétima colocação na prova de velocidade. Quatro anos depois, nas Olimpíadas de Roma, conquistou o quinto lugar nas provas de velocidade e sexto na prova de 1000 metros contra o relógio. Argenton, afastou-se do ciclismo nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg em 1967.
Apaixonado pelo ciclismo desde a infância, tornou-se um ícone do esporte mundial, por sempre driblar todas as dificuldades para fazer o gostava. Nas conquistas internacionais, a tecnologia e o peso das bicicletas de seus adversários eram muito melhores que seus equipamentos, além de ir para os campeonatos sem técnico e sem preparador físico. A revista Época, em uma matéria sobre as Olimpíadas de Atlanta em 1996, considerou Anésio Argenton com um dos 100 maiores atletas do século XX.