Projeto de Braços Abertos teve tri de Antônio José Silva
Rio de Janeiro - Pela primeira vez o Caju recebeu uma etapa do Projeto de Braços Abertos. O evento aconteceu no último domingo, 9 de agosto, e contou com centenas de corredores reunidos pelo esporte e integração entre a população do asfalto e da comunidade.
Os 6km de subidas e descidas com muitas escadarias desafiaram os atletas mais resistentes. O trecho mais difícil no quilômetro 2,5km era uma passarela muito íngreme com pouco espaço para ultrapassagem.
José Antônio da Silva disparou na frente logo no primeiro quilômetro e sustentou a liderança até o final e fechou a prova com 20min03seg. O atleta de Juiz de Fora venceu também no Borel e no Vidigal em 2015 e quer fechar o ano vencendo também as próximas etapas.
"Meu objetivo é ganhar as cinco etapas do ano. É meu estilo correr essas corridas em comunidade. Meus treinos nas montanhas mineiras ajudam muito a superar as escadas daqui. Percurso aprovado e pretendo correr sempre que tiverem corridas aqui" disse o campeão.
No geral feminino o destaque foi para Glauciele de Oliveira, com o tempo de 25min01seg, seguida por Brígida Anjos de Figueiredo e Juliana Campos Imperial.
"Já corri na Rocinha e Borel ficando em segundo lugar nas duas. Aqui o percurso foi bem legal e curti muito a experiência da corrida nos becos do Caju", comentou Glauciele de Oliveira.
Na campanha "Adote um atleta", a organização premiou os dois vencedores na categoria comunidade: Marcelo da Silva Leite e Maria Rocha de Lima ganharam material esportivo da Mizuno e assessoria de treino durante um ano para incentivá-los na vida de atleta profissional.
A torcida durante a corrida foi o destaque dessa etapa, a comunidade estava muito animada com a primeira prova no seu bairro e a prova das crianças foi a mais lotada deste ano.
Os pequenos corredores estavam tão felizes que alguns queriam correr mais de uma vez. As mães ficaram animadas e empolgadas por poder incentivar os filhos no caminho do esporte.
O Secretario de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame que sempre participa das corridas comentou:
"O Projeto de Braços Abertos já faz parte da história das Unidades de Polícia Pacificadora e é um movimento de integração e pacificação para que as pessoas de todo o Rio de Janeiro venham conhecer essas áreas. É muito bonito proporcionar essa visibilidade para comunidade e trazer as pessoas que não conhecem para perto e virem conhecer e entender o que essas pessoas passam, o que muitas vezes a própria polícia passa quando está dentro dessas localidades".
Além do esporte, o Projeto de Braços Abertos se preocupa com a questão social e no Caju não foi diferente. Na capacitação profissional, por exemplo, foram 150 pessoas selecionadas para trabalhar na realização do evento. Eles receberam orientações sobre carreira e mercado de trabalho com Paula Petrucio Figueiras Abrantes e Roger Abrantes Chaves.
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