17 anos após acidente, Lars topa usar prótese para levar tocha

 Lars Grael em desfile de carnaval em 2012 / Foto: Arquivo Pessoal

Rio de Janeiro – Há 17 anos, o velejador Lars Grael sofria um acidente drástico, no qual ficaria sem uma das pernas, durante uma competição. Desde então, o brasileiro se recusa a usar uma prótese. A situação, porém, mudou finalmente, com a motivação de que Lars participe, agora, do revezamento da tocha olímpica em 2016. 
 
"Hoje em dia não uso prótese, ando com ajuda de muletas. Só que não tem como eu caminhar e segurar a tocha ao mesmo tempo", explica o ex-velejador, aos 51 anos.
 
O acidente protagonizado por Lars é um dos mais emblemáticos da história do esporte olímpico brasileiro. À época, ele teve a perna direita ceifada por uma hélice de uma lancha invasora na área de competição de seu barco. 
 
Agora, o brasileiro tem a chance de protagonizar um ato heróico: ele e o irmão, Torben, fora um dos primeiros selecionados pelo Bradesco, patrocinador dos Jogos Olímpicos, para carregar a chama. Se não usasse uma prótese, porém, ficaria impossibilitado de participar plenamente do revezamento. 
 
"Fui gentilmente convidado, mas quando se deram conta de que eu não conseguria correr com a tocha, notei que surgiu certo constrangimento", conta Lars, lembrando que diversas outras maneiras foram pensadas, como usar um equipamento nas costas dele que segurasse a tocha. Nem essa nem outras idéias, porém, se mostraram possíveis.
 
Restou a Lars, então, decidir pela peça de apoio. "Me impus esse novo desafio de usar uma prótese e estar apto a caminhar, ou correr, com ela até a data do revezamento da tocha", finalizou.
 
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