Alta do dólar faz Comitê Rio 2016 ganhar R$ 400 milhões

 Arcos olímpicos no Parque Madureira, no Rio / Foto: Rio 2016 / Daniel Ramalho

Rio de Janeiro – A franca ascensão da moeda americana frente ao real tem preocupado economistas, que acreditam em fortes prejuízos para o cidadão comum quando os valores forem repassados na nova conversão – o dólar chegou a R$ 4,14 nesta quarta-feira, maior valor da história. Mas, para o Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, não há motivo para preocupação. 
 
Sem fins lucrativos, o órgão organizador das Olimpíadas, pode gastar tudo o que arrecada. A entidade tem a maior parte de seus custos em real mas, ao mesmo tempo, tem receitas provenientes de contratos fechados em dólar, muito graças às contribuições do Comitê Olímpico Internacional (COI) e às vendas de direitos de transmissão e contratos com patrocinadores. 
 
Uma reportagem da UOL estima que, só em agosto, graças à nova conversão monetária do dólar, foram acrescidos R$ 400 milhões ao orçamento do Comitê. “A maior parte das nossas receitas vem em dólar. A gente vai fazer Jogos no Brasil e vai receber dinheiro de fora. Então, o evento ganha mais com isso”, confirmou Mario Andrada, diretor de comunicação da Rio 2016.
 
O orçamento do órgão é dividido em diversos setores, tais quais administrativo e comercial (26%), teconologia (19%), projetos de infraestrutura (13%), esportes e cerimônias (10%), acomodações (10%), serviços (8%), direitos de marketing e contingências (6%), transporte (4%) e engajamento (4%). A inflação no período também está distribuída dentre essas áreas.
 
"O lado dos atletas é mais complexo porque eles têm um budget [orçamento] em reais e vão ter de sair do Brasil para treinar ou competir, gastando em dólar. Para eles a vida ficou mais cara, e para nós ficou mais fácil", gaba-se Andrada.
 
Mesmo assim, o Comitê Rio 2016 tem feito diversos cortes orçamentários, como na cerimônia de abertura dos Jogos, que deve ser mais barata. "A gente não é um bando de ETs e também sofre com o dólar subindo muito rápido, com o rating, com o rebaixamento de crédito, com tudo isso. A gente faz parte do Brasil. Não é que a gente vive numa ilha de dinheiro. É um pouco melhor por causa das nossas receitas, mas no geral a gente quer que essa crise passe logo e que o Brasil se estabilize para aproveitar melhor os Jogos", concluiu Andrada.
 
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