Após duas Olimpíadas e doping, brasileiro retoma sonho olímpico

José Alessandro Bagio / Foto: Esporte Alternativo

Rio de Janeiro - Aos 34 anos, o brasileiro José Alessandro Bagio tem muita história para contar. Em Atenas 2004, quando a marcha atlética era menos conhecida no Brasil do que é hoje, o atleta disputava sua primeira Olimpíada e conseguia um louvável 14º lugar - repetido novamente, em Pequim 2008, ambos na prova dos 20km. 
 
Em 2011, porém, pego no exame antidoping, Bagio foi punido e precisou ficar dois anos longe das competições oficiais, incluindo os Jogos de Londres, em 2012. Cumprida a sentença e depois de tanta história, o marchador resolveu lutar pelo índice e quer estar na Rio 2016, depois de oito anos longe dos Jogos. 
 
Neste sábado ele disputou a Copa Brasil de Marcha Atlética, na Praia do Pontal, prova que valeu como evento teste para os Jogos, já que foi disputada no mesmo percurso que será montado em agosto e com condições climáticas parecidas. 
 
Bagio começou forte na prova, mas acabou diminuindo quando viu que não conseguiria ficar perto do índice, para se poupar. Ainda assim acabou em segundo lugar, atrás apenas de Caio Bonfim, brasileiro que foi sexto no mundial de 2015 e que já tem índice assegurado. 
 
“Eu segurei a prova um pouco, já via que não ia dar marca, então segurei para dar colocação, tanto é que cheguei muito tempo depois do primeiro colocado, mas muito antes do terceiro também. A marca aqui hoje foi ruim, 1h30 e a marca que eu preciso é de 1h24, então são seis minutos. Mas eu já fiz 1h21, 1h22 várias vezes, então acho que dá para chegar lá. Tenho até junho para fazer", resume. 
 
Para o índice ser alcançado o plano é treinar e competir muito. "Agora dia 17 de março eu vou pra Eslováquia, vou ficar um tempo na Europa, vou pegar algumas competições boas, onde tem permissão da IAAF para valer os índices, então eu acredito que por se tratar de clima muito bom nessa época do ano, a gente vai atingir essa marca", espera Bagio. 
 
O atleta avaliou o circuito como "muito bom, plano e rápido". Segundo ele o que vai atrapalhar a todos é clima quente e úmido do Rio, por isso ele pretende, assim que conseguir o índice, focar seu treinamento nisso.
 
"Primeiro quero fazer esse índice, um degrau de cada vez, mas depois quero ver se faço um camping na altitude e depois descer pro Rio os últimos 20 dias e ficar treinando aqui só pro Rio", conclui.
 
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