Arena fede e organizadores cogitam "colocar Bom Ar no banheiro"

Arena do Futuro está praticamente pronta, mas fede devido à proximidade com Lagoa poluída / Foto: Renato Sette Camara / Prefeitura do Rio

Rio de Janeiro – Um problema inusitado chamou a atenção dos atletas que competiram no primeiro dia do evento teste do handebol, na Arena do Futuro, dentro do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na última sexta-feira: o mau odor que era sentido dentro da instalação.
 
Para sanar o problema, o Comitê Organizador Rio 2016 cogitou atirar perfuma na Arena para disfarçar o cheio ruim do ambiente.  “Pode ser uma alternativa. Se tiver algum problema de estrutura hidráulica, o que a gente não sabe, pode ser outa coisa. A gente está investigando ainda. É preciso buscar todas as soluções possíveis. Nem que seja só colocar um Bom Ar no banheiro”, declarou Rodrigo Garcia, gerente-geral de esportes da Rio-2016.
 
“A gente está do lado de uma lagoa, e a situação da lagoa vocês sabem qual é. A gente se preocupa em fazer a gestão das áreas e entregar o melhor possível, mas eu não tenho como mudar o cheiro da lagoa. A gente tenta melhorar a situação aqui dentro, então”, emendou o dirigente.
 
Durante os treinos, na quinta, o mau cheio já era sentido nos vestiários da Arena do Futuro. “Sentimos um pouco ontem [quinta-feira]. Para nós não muda nada, mas é a impressão. É importante a gente se preocupar com isso, com equipes e atletas que vão jogar aqui. Nós somos muito bem recebidos quando vamos a torneios em outros países. Acho importante as pessoas saírem daqui com uma ótima imagem”, afirmou o goleiro da seleção brasileira, Maik.
 
“Não tem como, né? Todo mundo sentiu. Eu sou de São Paulo, e lá acontece a mesma situação. Não dá para fugir disso, mas a impressão de quem vai passar por aqui não vai ser tão boa”, criticou o ponta esquerda Alemão.
 
O péssimo odor da arena advém da posição que ela ocupa no Parque Olímpico: é a mais próxima da Lagoa de Jacarepaguá, que teve seu processo de limpeza interrompido em dezembro de 2015. A despoluição era um compromisso do Estado do Rio de Janeiro mas foi paralisada devido a exigências do Ministério Público do Rio, segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
 
Segundo o MP, não haveria um estudo de impacto ambiental para as intervenções que vinham sendo feitas na Lagoa.
 
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