Artistas planejam ocupação do Rio nos Jogos Olímpicos

Flashmob reuniu dançarinos e população para comemorar o marco de 500 dias para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 / Foto: Rio 2016 / Alex Ferro

Rio de Janeiro - Em pouco mais de um ano, o Rio de Janeiro receberá atletas e torcedores de mais de 200 países para aquela que ficará marcada como a primeira edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos da América do Sul. Mas organizar competições de 65 modalidades esportivas não é o único desafio do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016.
 
A cultura também fará parte da programação do maior evento esportivo do mundo. Batizado de “Celebra”, o programa de cultura do Rio 2016 vai articular intervenções artísticas em toda a cidade, com atividades gratuitas e ao ar livre em diferentes segmentos – música, artes visuais, literatura, artes cênicas, dança e arte popular. Os primeiros eventos já estão programados para agosto deste ano, quando se atingirá o marco de um ano para os Jogos Olímpicos.
 
“A cultura é a anfitriã de um país. É o que diferencia os lugares que sediam os Jogos”, diz Carla Camurati, diretora de cultura do Comitê Rio 2016.
 
Com a proposta de “humanizar o espaço urbano”, a ideia central do programa é de surpreender a população local e os turistas com performances culturais de curta duração em espaços públicos, como ruas, praças, parques e praias da cidade.
 
Contando com a expertise de um time de peso, que inclui nomes como Nelson Motta, Vik Muniz, Sérgio Bloch, Antônio Urano, Carlito Azevedo, Luiz Antonio Simas e Breno Silveira, o programa articula iniciativas como um festival de gastronomia de rua, uma mostra de filmes de esportes, instalações e intervenções urbanas em artes visuais e literatura, um musical que vai contar a história da cidade-sede dos Jogos em canções, e uma plataforma digital com a linha do tempo da cultura brasileira, além do filme oficial dos Jogos Rio 2016.
 
Flashmobs, shows de música, dança, circo e teatro também prometem movimentar o cotidiano da cidade, enquanto cabines serão instaladas para apreciação de clássicos da MPB, instalações interativas vão celebrar as artes visuais e estantes ambulantes de livros em transportes públicos distribuirão clássicos da literatura, doados pela Funarte e pela Imprensa Oficial do Estado. 
 
A equipe de cultura do Comitê fará também a curadoria do show de um ano para os Jogos, que faz parte da Maratona Cultural Cidade Olímpica, promovida pela Prefeitura do Rio em parceria com os governos estadual e federal, com programação extensa em teatros, centros culturais, museus e parques públicos de toda a cidade.
 
Durante os Jogos, carrinhos tocarão simultaneamente a mesma música em diversos pontos da cidade e apresentações de circo e de teatro surpreenderão passageiros em ônibus, trens e barcas.
 
“A cidade toda vai se transformar em um cenário vivo, um grande palco da nossa diversidade cultural. Estamos unindo esforços dos governos municipal, estadual e federal. O prefeito Eduardo Paes e o ministro Juca Ferreira estão abrindo editais muito importantes para esse momento dos Jogos, quando precisamos ter a cultura em grande escala representando o país”, conta Camurati.
 
Esta não é a primeira vez que a cultura faz parte da programação dos Jogos Olímpicos. Batizada de Olimpíada Cultural, a iniciativa existe desde os Jogos Estocolmo 1912, promovendo ações artísticas no período que antecede as competições esportivas. Com experiências bem sucedidas nas últimas edições dos Jogos em Pequim 2008 e Londres 2012, a expectativa é de que a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 desencadeie ações no Brasil nas áreas de educação, cultura, gestão e turismo.
 
Duas intervenções artísticas já foram realizadas pela equipe do programa. A primeira, durante o marco de 500 dias para os Jogos Olímpicos, trouxe músicos da orquestra performática Johann Sebastian Rio infiltrados em diversos pontos da plateia, surpreendendo o público ao tocar clássicos brasileiros no auditório do Comitê Rio 2016, na Cidade Nova. Já a festa de 500 dias para os Jogos Paralímpicos contou com um flashmob coreografado por Deborah Colker, realizado na orla de Copacabana.
 
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