Atletismo da Rússia é banido dos Jogos: "discriminação", diz Isinbayeva

Yelena Isinbayeva / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - Depois da a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) anunciar, na sexta-feira, que o banimento do atletismo russo de todas as competições oficiais se mantém, excluindo assim o país das Olimpíadas, a saltadora com vara Yelena Isinbayeva veio a público manifestar sua revolta. 

Dona de dois títulos olímpicos e recordista mundial, a russa falou que o ato da IAAF foi discriminatório, porque alguns atletas russos sequer foram citados no esquema de doping generalizado que atingia o país.

"Estou chateada por mim e pela equipe. Ninguém está nos defendendo (atletas limpos), nenhum de nossos direitos está sendo defendido. Acho dúbia a posição da IAAF de proteger os direitos dos atletas limpos. Somos acusados, mas acho que é discriminação baseada em nossa nacionalidade, porque somos da Rússia", declarou a atleta. 

A decisão de manter a punição geral aos atletas russos foi tomada após reunião do conselho da IAAF, em Viena, na Áustria, na qual estava presente o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). 

"Acreditava que eles (membros do conselho da IAAF) apreciariam a situação pela perspectiva dos atletas, não como funcionários. Muitos deles estiveram nesta situação em 1980 e 1984, quando (Estados Unidos e União Soviética) boicotaram as Olimpíadas. É uma violação dos direitos humanos. Não vou ficar quieta, vou agir, vou na Corte de Direitos Humanos. Vou provar que a IAAF e a Wada tomaram a decisão errada. Fazer isso será significativo para entenderem que a Rússia não ficará em silêncio", continuou a saltadora. 

O ministério dos Esportes da Rússia também se pronunciou, se mostrando desapontado. "Estamos extremamente desapontados com a decisão da IAAF de manter a suspensão de todos os nossos esportistas do atletismo, criando uma situação sem precedentes em que todos os atletas do atletismo de um país foram banidos dos Jogos Olímpicos. O sonho de atletas limpos estão sendo destruídos devido ao comportamento repreensível de outros atletas e autoridades. Eles sacrificaram anos de suas vidas lutando para competir na Olimpíada e agora este sacrifício parece ser em vão", traz a nota.

"Apelamos aos membros do Comitê Olímpico Internacional para que não apenas considerem o impacto que a exclusão de nossos atletas terá em seus sonhos e no povo da Rússia, bem como nos próprios Jogos Olímpicos, que serão apequenados com suas ausências. Os Jogos deveriam ser uma fonte de unidade, e esperamos que continuem como uma forma de congraçamento dos povos", apela o comunicado.

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