Brasil quer focar em medalhas que “valem por duas” para Top-10

Marcos Vinicius Freire / Foto: Heitor Vilela / COB

Rio de Janeiro – Para alcançar a ousada meta do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de estar entre os 10 primeiros colocados no quadro de medalhas geral da Rio 2016 é preciso traçar planos. Um deles é focar na conquista de medalhas que “valem por duas”, aqueles que os rivais diretos do Brasil estariam também em busca.
 
"Para a gente, o importante é a ganhar medalha que vale duas: vencer contra os países que estão brigando pela nona ou pela décima colocação, como Ucrânia, Itália, Coreia [do Sul], Holanda, Canadá e Cuba. Vencer medalhas contra eles vale por duas porque existe uma troca", justificou Marcus Vinicius Freire, superintendente-executivo de esportes do COB.
 
Freire acredita que na Rio 2016 o cenário da divisão de medalhas deva mudar um pouco, com os países do topo dividindo de forma mais igualitária os pódios e uma disputa mais acirrada no pelotão intermediário, onde estaria o Brasil.
 
Por isso o COB tem admitido um número menor de pódios do que os 27 ou 28 planejados, mas sem alterar a meta do Top-10.v "Existe uma tendência de maior distribuição de medalhas, com os oito primeiros ganhando um pouco mais e tirando dessa turma de baixo. Acho que é um número que mostra o que aconteceu nos últimos três anos", emendou.
 
O superintendente do COB ainda comentou o ano frustrado de conquistas mundiais para o Brasil em diversos esportes – foram apenas 19 pódios em competições mundiais de esportes olímpicos, o pior rendimento em três anos.
 
"Eu diria que o final de 2015 já foi mais promissor. No primeiro semestre a gente teve uma série de contusões de várias modalidades. Isso prejudicou os resultados – não foi só isso, mas também isso. O 2016 mostrou um laranja virando amarelo para seguir com verde. Eu prefiro tomar um susto antes. O Bernardinho não ser pódio um ano antes em casa é um negócio absurdo, mas ainda bem que foi em 2015. Aí teve alerta para todo mundo", finalizou Freire.
 
 

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