Brasileira faz história com melhor resultado da esgrima em Olimpíadas

Natalie na derrota contra a francesa / Foto: Ryan Pierse / Getty Images

Rio de Janeiro – Natalie Moellhausen. Você certamente não ouviu falar no nome dessa brasileira. Talvez porque seu esporte, a esgrima, por si só, ainda não é tão popular no Brasil. Ou talvez porque ela não viva no Brasil, mas sim em Paris.
 
Filha de pai francês e mãe brasileira, Natalie fez história no esporte brasileiro neste sábado, ao conseguir chegar às quartas de finais do torneio de esgrima, categoria espada, na Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Rio 2016.
 
O resultado dela é o melhor da história da modalidade no Brasil. Antes, apenas Renzo Agresta, em Pequim 2008 e Atenas 2004, e Guilherme Toldo, em Londres 2012, haviam feito melhor: passado da primeira rodada. 
 

Natalie é brasileira mas mora em Paris / Foto: Ryan Pierse / Getty Images

Natalie venceu duas batalhas e parou na francesa Candassamy que, curiosamente, está bem atrás dela no ranking mundial (a brasileira é 24ª enquanto a francesa, 43ª). Arranhando um português misturado com francês, ela se emocionou com a receptividade e torcida dos brasileiros e se disse muito feliz com o resultado.
 
“Satisfeita nunca. O trabalho que eu fiz era para uma medalha. Sei que faltou um pouquinho, e esse pouquinho me fará treinar mais e mais. Faz só dois anos que eu estou representando o país. Eu quero fazer mais pelo Brasil”, adianta Natalie.
 
Não só ela como todos se surpreenderam com a torcida brasileira na esgrima. “Parecia futebol. Eu não sabia do potencial dos brasileiros”, afirma, sobre os gritos e animação das arquibancadas a cada ponto que ela marcava. 
 
Questionada sobre o que faltou para chegar à semifinal, ela afirma ainda ser cedo. “Eu preciso de mais tempo para avaliar, mas talvez lucidez, calma. Talvez um pouco mais de tempo entre um tempo e outro”, avalia.
 
Natalie, que já se arriscou nas passarelas pela esgrima e tem uma marca de roupas, quer que a esgrima se difunda cada vez mais no país. E sobre o fato de morar na França, ela tem um recado. “Na vida não importa de onde vem, mas onde você quer chegar. É uma honra ter feito algo pela primeira vez pelo Brasil”, finaliza, sobre a melhor atuação olímpica da história da nossa esgrima.

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