Brasileiro lidera por duas rodadas classificatório do tiro com arco

Bernardo Oliveira / Foto: Quinn Rooney / Getty Images

Rio de Janeiro - Ele não era nem de perto o melhor brasileiro do ranking mundial. Na 99ª posição, Bernardo Oliveira era, literalmente, um franco atirador na estreia do torneio de tiro com arco, nesta sexta-feira, no Sambódromo do Rio. 

Mas, a fase classificatória, em que cada um dos 64 arqueiros atira 72 flechas, divididas em 12 rodadas de 6 cada, começou com uma surpresa: o brasileiro na liderança. 

Nem a imprensa parecia acreditar, mas Bernardo fez 57 e 58 pontos (de 60 possíveis), na primeira e segunda rodada, respectivamente. Sua pontuação o colocava em primeiro lugar, empatado com o coreano Kim Woojin, que depois quebraria o recorde mundial, e mais dois arqueiros. 

O nervosismo ou talvez a pressão da estreia em casa parecem ter influenciado Bernardo, que acabou caindo de pontuação nas rodadas seguintes, chegando a amargar apenas 50 pontos na quinta rodada. 

Ao final, com 651 pontos, o brasileiro terminou apenas na 45ª colocação. Na primeira rodada de mata mata, no domingo, Bernardo encara Alec Potts, da Austrália, que surpreendeu com uma 20ª colocação, uma vez que é apenas 108º do ranking. 

Equipe brasileira do tiro com arco / Foto: Quinn Rooney / Getty Images

"O Bernardo começou bem, ele se encontrou muito bem no início do qualificatório, depois foi perdendo um pouco da sensação de tiro, aí deu uma caída e no final recuperou de novo. Os outros demoraram a entrar, depois se encontraram, normalizando dentro daquilo que a gente faz mesmo", analisa o técnico Evandro França, da seleção brasileira.

Marcus D'Almeida, o melhor arqueiro do Brasil (17º do mundo), começou mal mas foi melhorando e manteve uma estabilidade. Ao final, acabou em 34º lugar, com 658 pontos. Ele enfrenta o americano Jake Kaminski (26º). "É um excelente competidor, medalha de prata com a equipe americana nas Olimpíadas de Londres. Vai ser uma disputa bacana", emenda Evandro. Se passar, Marcus chega às oitavas de final. 

O terceiro arqueiro do Brasil, Daniel Xavier, tem dureza pela frente: com seu 52º lugar, vai pegar o coreano Lee Seungyun, oitavo do mundo.

Perguntado do porquê ter dito para seus pupilos "curtirem" o momento, antes do início do torneio, nesta manhã de sexta-feira, o treinador explicou o conselho. 

"Tem que curtir. Já é difícil lidar com toda a pressão, você tem que deixar sair, tem que curtir o momento. Você está dentro de uma Olimpíada, todo mundo tem sua responsabilidade, mas divirta-se, faça o que você tem que fazer e as coisas vão acontecendo", conclui Evandro.

Veja Também: 

 

 
 
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Curta - EA no Facebook