Para brasileiros, estrangeiros querem tirar vela da Baía por medo de vantagem

Dupla brasileira solta o verbo contra estrangeiros quererem retirar a vela da Baía nos Jogos Olímpicos / Foto: Fred Hoffmann

Rio de Janeiro - A novela em torno da poluição da Baía de Guanabara, no Rio, e a possível transferência das disputas de vela em 2016 para o alto mar - a Federação Internacional de Vela já acenou com a mudança, caso a poluição venha a comprometer as regatas - tem gerado comentários de todas as partes. 

Uma delas, interessada no assunto, são os brasileiros Dante Bianchi e Thomas Lowbeer, da classe 49er, recentemente medalhistas de bronze no Trofeu Princesa Sofia, na Espanha. Em entrevista ao GloboEsporte.com, a dupla confessou uma desconfiança: de que os estrangeiros querem tirar a vela da Baía não só pela poluição.

"Eles querem tirar a regata da Baía porque não querem velejar aqui dentro. Vão se dar mal. Para mim este é o melhor lugar do mundo para velejar. Posso velejar de sunga. Imagina ter que botar o pé na água com cinco graus, como lá fora?", explica Dante.
 
Para ele, as condições das águas lá fora também não são ideais. "Na Dinamarca a água era transparente, mas cheia de água viva. Na Finlândia, um espetáculo, limpinha, mas as gaivotas faziam fila para comer no McDonalds porque não tem peixe. Aqui você vê peixe toda hora. Ainda bem que morre, senão ia transbordar de peixe", afirma o velejador.
 
"A questão da água para essas federações é uma questão de medalha. Eles não têm conhecimento suficiente daqui e se sentem mais seguros velejando lá fora. O Brasil ficou em segundo no quadro de medalhas da última etapa da Copa do Mundo. Provamos que temos uma equipe forte. Se a gente continuar a desenvolver a nossa técnica em outras condições de vento, a gente vai ter um bom resultado em 2016", afirma Thomas.
 
"O que eles querem fazer é tirar a nossa vantagem. É muito difícil velejar aqui. O Rio de Janeiro tem todas as melhores condições para velejar no mundo. Tanto que as competições mais importantes já aconteceram aqui. A água nunca foi um impeditivo para ninguém", conclui em tom de crítica.
 
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