Campeã olímpica visita o Rio e diz ter tido sintomas de zika

Marina Alabau / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – A atual medalhista de ouro dos Jogos Olímpicos na classe RS:X da vela, Marina Alabau, contribuiu para a nuvem de temor que paira sobre os atletas estrangeiros que virão ao Rio para os Jogos Olímpicos. A atleta espanhola esteve em terras cariocas em dezembro e relata, agora, suspeita de que contraiu o vírus da zika.
 
A velejadora disputou em Niterói a Copa Brasil de Vela (ficou na terceira posição) e afirma, em entrevista ao jornal “Marca”, da Espanha, que teve alguns sintomas similares aos da doença. Mariana aguarda uma análise laboratorial para confirmar o contágio.
 
“Eu fico feliz em contar tudo isso, mas que seja para tranquilizar, já que está se criando muito alarde sem sentido. Eu passei pelo vírus da zika antes do Natal, durante a Copa Brasil. Minha médica disse que era zika porque os sintomas eram precisos, embora nós ainda precisemos fazer uma análise para certificar, principalmente para saber se estou imunizada”, explica.
 
Marina tenta acalmar os ânimos exaltados de alguns atletas e dirigentes que alardearam até o cancelamento dos Jogos devido ao surto. Segundo a atleta, se comparada à gripe, a zika tem muito menos efeitos colaterais.
 
“No total, desde que tive a febre até o fim da dor, foram dez dias. Minha experiência é de que uma gripe te deixa muito mais nocauteada que o vírus. Depois, fui a Miami e competi normalmente”, garante.
 
Dores nas articulações, febre e manchas no corpo. Esses foram alguns dos sintomas partilhados por Marina, de 30 anos, que resolveu fazer um tratamento na Espanha. Em 10 dias ela já se sentia bem. “É claro que o vírus ainda não era famoso, mas a médica me disse que todos os sintomas eram de zika, mas ainda não conhecia”, conta.
 
O surto de zika tem se tornado um tema comum quando se fala em Olimpíadas. Nas últimas semanas, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o vírus uma emergência internacional, alguns comitês alardearam seu temor de enviar seus atletas à Rio 2016. Marina é contra esse temor generalizado.
 
“O vírus não pareceu nenhum perigo. Não levarei minha filha, mas não ir aos Jogos Olímpicos por isso é exagerado. Não me parece perigoso. Verdade que se você pega não compete 100%, mas não é o fim do mundo. Pode acontecer o mesmo com outra lesão ou doença. De todos que estavam no Brasil naquela época, fui a única que pegou. Estive com meu marido e minha filha e eles não pegaram”, conclui.
 
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