COB quer transformar pressão em oportunidade e faz preparação mental

Alessandra, Aline e Sâmia: time de psicólogas quer tirar pressão de jogar em casa na Rio 2016 dos atletas / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – Na medida em que se aproximam os Jogos Olímpicos, cresce a expectativa dos atletas brasileiros e, consequentemente, a pressão de ter um bom resultado jogando em casa, com a torcida favorável. E é justamente isso que preocupa o Comitê Olímpico do Brasil (COB), que quer transformar essa pressão em oportunidade.
 
A entidade organiza então, desde 2015, um grupo de preparação mental, coordenado por psicólogas. Sâmia Hallage, uma das responsáveis, explica qual o objetivo. "A ideia é preparar desde inicio do ciclo olímpico, além de olhar o atleta como ser humano. Ver a história de vida e trabalhar habilidades específicas que são necessárias para ter bom rendimento: concetração, controle das emoções, motivação e estabelecimento de metas", relata.
 
O principal é tratar a pressão de jogar em casa como não sendo algo negativo. "Nosso trabalho é transformar isso em uma oportunidade, em uma coisa boa, não olhar como mais um fator que possa prejudicar. Pelo contrário, pode favorecer, já que os atletas vão estar competindo competir no lugar onde treinam, o clima ajuda, a comida ajuda e as pessoas que gostam estarão junto. Então, estamos trabalhando para potencializar isso", continua.
 
Ela trabalha, particularmente, com o ginasta Diego Hypólito e com a dupla de vôlei de praia Alisson e Bruno Schmidt e esteve com a seleção feminina de vôlei na conquista do ouro olímpico em Pequim 2008.
 
"Comecei este trabalho quando estava com o Emanuel, era 12 anos mais jovem que ele, não sabia como lidar com pressão, e esse trabalho me ajudou muito dentro de quadra e fora de quadra. Agora, com o Bruno, ela vem nos ajudando no dia a dia, para desenvolver a mente para os momentos difíceis. Então, é um trabalho que vem junto com o físico, com o técnico, e estamos acreditando muito nisso", declarou Alisson, medalha de prata em Londres.
 
A psicóloga acredita que a torcida também precisa ter ciência de que perder nem sempre é um fracasso. "A gente esta acostumado com atleta herói, e o atleta não é superhomem, é um ser humano. Ele treina para ganhar, mas nem sempre da tudo certo. Vamos buscar uma boa competição, o resto é consequência", concluiu a psicóloga.
 
Além de Sâmia, Aline Wolff e Alessandra Dutra também compõe o time de psicólogas com esse objetivo no COB.
 
 
 

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