Comitê da Austrália veta visitas de atletas às favelas cariocas

Fiona de Jong, secretária-geral do Comitê Olímpico da Austrália / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – O Comitê Olímpico Australiano fez constar uma proibição polêmica para os seus atletas que virão disputar os Jogos Rio 2016. Os competidores não poderão visitar as favelas cariocas, nem por eles mesmos, nem com os tours comuns organizados por agências turísticas nas comunidades.
 
A recomendação tem a ver com a segurança dos atletas e foi definida em reunião com a chefe de missão da Austrália, Kitty Chiller, junto com o especialista em segurança, Greg Nanse. Este teria mantido contato freqüente com a polícia brasileira para chegar à proibição.
 
"Certas áreas serão banidas. Não permitiremos que ninguém entre nas favelas. Sei que há tours oficiais, mas estamos adotando este princípio. Ninguém irá. Eu falei recentemente com Greg sobre uma turista (argentina) que foi assassinada na praia de Copaabana", declarou Kity Chiller ao The Herald Sun, jornal australiano.
 
Cabe às australianas que estiverem na Vila Olímpica ainda não saírem desacompanhadas. É sugerido aos atletas ainda que não andem com muito dinheiro no bolso – notas pequenas são recomendadas, para caso hajam assaltos não se perca muito.
 
"Haverá protocolos. Mulheres não deverão nunca sair da Vila desacompanhadas, não usarem nada que não estejam preparadas para perder e todos sempre deverão ter uma nota de dez dólares no bolso para entregar (para ladrões)", emendou.
 
Quanto à epidemia de zika, Kity disse que ninguém será forçado a viajar, sobretudo as mulheres da delegação, uma vez que há a possibilidade do vírus estar ligado a casos de microcefalia. "É uma decisão que pertence totalmente a elas. O que podemos fazer é informar sobre a situação e os riscos. Mas nunca forçaremos ninguém a viajar", concluiu.    
 
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