Crise não impedirá Rio de bancar vinda de todas as delegações

Transporte de atletas e de cavalos foi prometido como presente pela Rio 2016 às delegações / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – A promessa antiga, assumida pelo Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 quando da candidatura, de bancar as passagens em classe econômica de todos os membros de todas as delegações para o Rio de Janeiro ainda está de pé. A crise econômica pela qual passa o Brasil não deve impedir o compromisso de campanha.
 
O Comitê está negociando, porém, com o COI (Comitê Olímpico Internacional) uma forma de cumprir a promessa, mesmo com a crise e a alta do dólar. Ao todo, serão mais de 15 mil atletas que desembarcarão no Rio entre julho e setembro (os Jogos Olímpicos começam oficialmente em 5 de agosto).
 
Além de bancar as passagens, o Comitê Organizador se comprometeu à época a pagar o translado de todos os cavalos das provas de hipismo. O esquema encontrado foi estabelecer hubs (aeroportos que funcionam como distribuidores de vôos) na Ásia, América do Norte e Europa. Dos hubs as passagens são bancadas pela Rio 2016 até a capital fluminense.
 
"O projeto de redução das despesas do comitê é complexo. Existem compromissos que não podem ser deixados de lado. Nosso compromisso de subsídio às viagens segue de pé. Em todas as áreas que estavam acima do orçamento houve cortes. Reduzimos a perspectiva de contratações, de voluntários e até a recepção das arenas que foram construídas pela prefeitura", informou, ao UOL Esporte, Mário Andrada, diretor de comunicação da Rio 2016.
 
O gasto, que sairá do cofre do Comitê Organizador, ainda não tem estimativa prevista. A título de comparação, quando o Rio foi escolhido como cidade sede dos Jogos Olímpicos, em 2 de outubro de 2009, o dólar custava R$ 1,78. Na cotação de ontem 4 de janeiro de 2016, o valor chegava a R$ 4,03.
 
"A estimativa de custo depende da aceitação do COI e dos comitês olímpicos nacionais das nossas propostas de tarifas. Assim que eles responderem afirmativamente, poderemos divulgar. Só podemos adiantar que os subsídios são baseados na tarifa econômica mais baixa para cada destino. Mas não haverá downgrade [rebaixamento de classe de bilhete], mesmo com a crise o compromisso está mantido", emendou Andrada.
 
A promessa de bancar as passagens das delegações olímpicas já foi feita e cumprida anteriormente, nos Jogos de Sydney 2000, segundo informou a Rio 2016. Nas propostas de candidatura das concorrentes do Rio em 2009, Madri e Tóquio também garantiam esse “presente”.
 
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