Dilma acende tocha e diz que crise política não atrapalhará Jogos

Rio de Janeiro – A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, afirmou, ao inaugurar oficialmente no Palácio do Planalto, em Brasília, o revezamento da tocha olímpica, que a crise política instaurada no país não atrapalhará os Jogos Olímpicos do Rio.

 

A chama, que chegou da Suíça na manhã desta terça-feira, no Aeroporto Internacional de Brasília, chegou à residência oficial de Dilma antes das 10h da manhã. A chefe de Estado deu as boas vindas ao símbolo máximo das Olimpíadas.

 

"A tocha será recebida com alegria em todas as cidades do nosso imenso Brasil. Em todas as cidades que passar, deixará claro que a Olimpíada se dá em cada canto do Brasil. Sabemos as dificuldades políticas que existem em nosso país hoje", declarou a presidenta.

 

Dilma enfrenta um processo de impeachment que já passou pela Câmara e está sendo analisado por uma comissão do Senado. Seu afastamento deverá ser votado na próxima semana e, se positivo, deixará Dilma fora do cargo por até 180 dias, enquanto é julgada pela casa. Dilma falou da crise e tentou dissociá-la da realização das Olimpíadas.

 

"Conhecemos a instabilidade política. Mas o Brasil será capaz de, mesmo convivendo com um período difícil, muito difícil e verdadeiramente critico da história e da democracia do nosso país, saberá conviver, porque criamos condições para isso, para a recepção de todos os atletas e visitantes estrangeiros. O que vale é a luta, e nós sabemos lutar. Somos todos olímpicos, somos todos Brasil", justificou Dilma.

 

A campeã olímpica de vôlei, Fabiana, foi a primeira pessoa a carregar a chama olímpica no Brasil. Ela recebeu o objeto das mãos de Dilma e desceu a rampa do Palácio do Planalto em direção aos ministérios.

 

A chama olímpica passará por mais de 300 cidades em 95 dias de revezamento e acenderá a pira olímpica durante a abertura dos Jogos, em 5 de agosto.