Esgrima lança moda no Rio para facilitar visão do público

Em Londres 2012, a espadista japonesa Nozomi Nakano ataca a italiana Rossella Fiamingo / Foto: Rio 2016

Rio de Janeiro - Pistas em formato de “X” sobre uma plataforma para que o público tenha visão de pelo menos duas das quatro disputas simultâneas, a partir de qualquer cadeira da Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Barra. Essa disposição inédita é parte das avaliações a serem feitas pelo Comitê Rio 2016 durante o Grand Prix de Espada Feminina e de Espada Masculina, que será seguido do Mundial por Equipes de Sabre Masculino e Florete Feminino, com encerramento na quarta-feira (27).

Para o Grand Prix, foram 94 inscritas para a espada feminina e 130 para a espada masculina, de 45 países, segundo Arno Perillier, gerente de Esgrima do Comitê Rio 2016. As preliminares foram realizadas na Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca.
 
Neste sábado (23), a Arena Carioca 3 recebe as disputas femininas, com o chaveamento de 64 atletas, a partir das 9h, com semifinais às 18h e final às 19h15. No domingo (24), os horários são os mesmos, para as disputas masculinas. A competição é aberta apenas para convidados.
 
Depois dos Grand Prix de Doha, no Catar, e Budapeste, na Hungria, a temporada de esgrima chega ao Rio de Janeiro com os três primeiros colocados do ranking internacional – que são, pela ordem, no feminino, Anqi Xu, da China; Rossella Fiamingo, da Itália, e Sarra Besbes, da Tunísia. No masculino, Gauthier Grumier, da França; Enrico Garozzo, da Itália, e Gabor Boczko, da Hungria.
 
A etapa carioca da Copa do Mundo assume importância ainda maior porque vale pontos para o ranking internacional. E somar o maior número de pontos possível é o objetivo dos esgrimistas: com mais pontos, são beneficiados no chaveamento das disputas dos Jogos Olímpicos – escapam de enfrentar os melhores logo “de cara”. 
 
Membro do Comitê de Promoção e Publicidade da Federação Internacional de Esgrima (FIE), Hilary Philbin está no Rio de Janeiro também como delegada-técnica do Grand Prix e do Mundial. Para ela, a nova disposição das pistas, implantada na Carioca 3, ficou “impressionante”, em uma instalação que considerou “muito boa”.
 
“O formato em ‘X’ permite ao espectador acompanhar duas das quatro disputas simultâneas, de qualquer lugar na arena”, afirmou Hilary Philbin, delegada-técnica da FIE.
 
Por um gostinho Olímpico
 
No início da próxima semana, o Brasil receberá um Mundial de Esgrima pela segunda vez na história: em 1987, o Mundial Júnior foi disputado em São Paulo. Agora, no Rio estão os melhores países do mundo por equipes no florete feminino, com 13 países, e no sabre masculino, com 20.
 
Mas os atletas que participam do Mundial na Arena Carioca 3 não estão nos Jogos Olímpicos. A Federação Internacional de Esgrima (FIE) promove rodízio de armas na competição por equipes a cada quatro anos e, desta vez, o florete feminino e o sabre masculino ficam de fora.
 
Pelo ranking atual, as melhores floretistas por equipes são da Itália, Rússia e Coreia do Sul; os sabristas, dos Estados Unidos, Itália e Rússia.
 
As preliminares são na segunda-feira (25), novamente na EsEFEx Arena, na Urca. Na terça (26), a Arena Carioca 3 recebe os oito melhores países, dos 13 inscritos, para as disputas que definem as medalhas do Mundial de Florete Feminino; na quarta (27), é a vez dos oito melhores países (dos 20 inscritos), para a definição das medalhas do Mundial de Sabre Masculino.
 
“Quadro está bem bonito”
 
O húngaro Krisztian Kulcsar foi medalha de prata por equipes nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992 e Atenas 2004, além de campeão mundial em São Petersburgo 2007. Agora diretor-esportivo da FIE, está no Rio com dois objetivos “extremamente importantes”.
 
“Primeiro, temos um Mundial de armas que não estarão nestes Jogos. E um Grand Prix que pode definir chaveamentos importantes para os atletas da espada, que virão para o Rio 2016. Teremos por volta de 230 atletas. Depois, vamos testar tudo o que pudermos, das pistas em nova disposição a todos os equipamentos tecnológicos. Existem detalhes a acertar, mas no geral posso dizer que o quadro está bem bonito, que a arena está perfeita para nós. E que os Jogos serão excelentes.”
 
Gerente de Esgrima do Comitê Rio 2016, Arno Perillier diz que o principal a ser avaliado é o conjunto de pistas e todo seu entorno, como as telas que mostram resultados.
 
“Nosso foco de teste é o local de competição e as áreas funcionais que envolvem as disputas, como árbitros e voluntários”, declarou Arno Perillier, gerente de Esgrima do Rio 2016.
 
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