Especial um ano para Jogos: Londres tinha tudo pronto; Rio ainda constrói arenas

Estádio Olímpico já estava pronto, dentro do Parque Olímpico / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - Em 27 de julho de 2011 o mundo via Londres comemorar, com orgulho, a marca de um ano para as Olimpíadas de 2012. Hoje, 5 de agosto de 2015, é a vez do Rio disparar a contagem regressiva: faltam apenas 365 dias para a capital fluminense sediar o maior evento esportivo do planeta, pela primeira vez na história da América do Sul. 

Cabe, então, uma comparação: como ambas as cidades se apresentavam em relação às instalações esportivas e ao orçamento quando se viram a apenas um ano da cerimônia de abertura?
 
Em geral, a situação é bastante destoante. Os londrinos se orgulhavam de terem terminado tudo o que era necessário: as instalações esportivas já estavam prontas e, a todo vapor, recebiam os eventos-teste das Olimpíadas tranquilamente, sem haver sequer reclamações graves quanto a elas. 
 
O Rio, que recebeu no último domingo seu primeiro evento-teste, o qualificatório olímpico do triathlon, ainda não poderia sediar modalidades nas suas instalações olímpicas. A arena do futuro, que receberá o handebol, ainda não está pronta (na Matriz de Responsabilidades, consta como 70% concluída), assim como todas as outras obras do Parque Olímpico, palco de 16 modalidades olímpicas. 
 
Em Londres, ginásios, piscinas, pistas de hipismo, quadras de vôlei, shopping center (em frente ao Parque Olímpico, na região de Stratford, construído exclusivamente para os Jogos), estações modernas de trem, linhas ferroviárias: tudo já estava funcionando a pleno vapor, ou ao menos pronto para ser checado pelas autoridades responsáveis. 
 
Dinheiro esterlino - E se planejamento parece ter sido a palavra-chave dos Jogos Olímpicos de Londres, é preciso acrescentar nessa equação linguística outro termo imprescindível para entender a preparação da capital inglesa: economia. 
 
Não houveram aditivos aos contratos e preços estabelecidos previamente para os Jogos. Isso mesmo: o previsto se manteve, desde o projeto. Foram gastos 9,3 bilhões de libras esterlinas, equivalentes a R$ 27 bilhões de reais à época, em 2011. 
 
Neste aspecto, a comparação com o Rio chega a ser injusta. No orçamento da candidatura olímpica, estavam previstos gastos da ordem de R$ 28,8 bilhões de reais, valor muito próximo do que Londres gastou. 
 
Mas, amparados legalmente pela lei 8666/93, que permite os aditivos de contrato, o Rio foi aumentando suas previsões de gastos. O último acréscimo na Matriz de Responsabilidades elevou o orçamento para cerca de R$ 38 bilhões, aumento de mais de 30% sobre a previsão inicial. 
 
Hoje, com o valor acrescido, a expectativa é que as principais instalações esportivas sejam entregues no segundo trimestre de 2016, a tempo do início dos Jogos. A Arena do Futuro, o Estádio Aquático, o Complexo Esportivo de Deodoro e todas as obras do Parque Olímpico abarcam essa previsão. 
 
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