Fiocruz encontra superbactéria próxima à raia olímpica de 2016

Aterro do Flamengo; no local também passa o Rio Carioca, onde foram encontradas as superbactérias pela Fiocruz / Foto: José Humberto Deveza / EA

Rio de Janeiro - O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), na capital carioca, informou ter detectado bactérias resistentes a antibióticos nas águas do Rio Carioca, corrente que corta vários bairros do Rio, inclusive a Praia do Flamengo, ao lado das disputas da vela em 2016. 

Por causa disso, a repercussão foi imediata em veículos internacionais e a BBC da Inglaterra anunciou o fato com temor, pois as bactérias encontradas costumam aparecer com mais facilidade em hospitais. 

Ana Paula D'Alincourt Carvalho Assef, coordenadora do estudo na Fiocruz, afirmou que essas bactérias são capazes de causar doenças comuns, iguais àquelas que outros micro-organismos menos resistentes provocam. O problema, porém, é que apenas antibióticos mais potentes podem trata-la. 

"Mergulhar num rio onde há bactérias produtoras de KPC é como mergulhar em qualquer rio poluído. Existe o risco de contrair doenças, que não são mais graves do que as causadas por outros micro-organismos. O problema é que, no caso de uma eventual infecção, é possível que o tratamento exija uma abordagem de internação hospitalar", explica Ana Paula em matéria publicada pela própria Fiocruz. 

Os resultados foram encaminhados para as autoridades responsáveis pelo controle sanitário da região. "Até o momento, não houve registros de contaminação entre frequentadores dos ambientes estudados", afirma. 

As águas da Marina da Glória já haviam sido rejeitadas por alguns velejadores, que haviam classificado o local como "sujo", segundo reportagem da BBC. 

 

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