Giovane Gávio entra para a organização dos Jogos Olímpicos

Giovane Gávio / Foto: Alex Ferro / Rio 2016

Rio de Janeiro - Giovane Gávio já garantiu sua vaga nos Jogos Olímpicos  e Paralímpicos Rio 2016. Desta vez, o ex-ponta da seleção brasileira de voleibol e bicampeão Olímpico vai mostrar os seus talentos fora da quadra, integrando o time de responsáveis pelas competições esportivas do Comitê Organizador que, junto com outros importantes nomes do esporte mundial, compartilham de um grande desafio  - planejar cada detalhe do que vai rolar nas arenas do Rio 2016.
 
“O fato de ter participado de quatro edições dos Jogos com certeza vai me ajudar muito a cumprir esse desafio. Como atleta, a gente tem uma experiência diferenciada. Mas fazer parte da organização é também uma responsabilidade muito grande. Os Jogos Olímpicos são o evento mais importante no calendário de um esporte e a gente sabe da expectativa dos torcedores sobre o voleibol aqui no Brasil. Vai ser uma oportunidade de contribuir e de aprender muito”, conta o ex-atleta e treinador, que não só fica responsável pelo planejamento das competições de voleibol, mas também de vôlei de praia e voleibol sentado.
 
Com mais de 800 provas de 65 esportes no programa dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o desafio de planejar as competições esportivas requer tanto esforço quanto o de um atleta. Trazendo a experiência adquirida dentro das quadras para os bastidores da organização, a missão desse time é planejar as competições de cada modalidade juntamente com as federações internacionais, garantindo as melhores condições para atletas, equipes técnicas e delegações.
 
“Temos que pensar em tudo, desde as toalhas que os atletas vão usar, até como eles vão chegar nos locais de competição e como toda a competição vai acontecer. A experiência ajuda bastante nisso, pois a gente tem que acompanhar como vai ser o dia do atleta, desde a hora em que ele acorda até quando chega de volta na Vila Olímpica”, conta Sebastian Cuattrín, ex-atleta e treinador da canoagem, hoje responsável pelas provas da canoagem slalom, canoagem velocidade e a paracanoagem, que faz a sua estreia nos Jogos Paralímpicos.
 
Outros nomes de peso na equipe são a sul-africana Collen Osmond, que chegou ao Comitê para comandar as competições de remo após duas participações Olímpicas, e Paulinho Villas-Boas que, com duas participações Olímpicas pela seleção brasileira (Seul 1988 e Barcelona 1992), lidera o planejamento das competições de basquetebol e basquetebol em cadeira de rodas. 
 
À frente deste time de craques, está Agberto Guimarães, diretor-executivo de Esportes e Integração Paralímpica do Rio 2016. Assim como muitos dos seus colegas, Agberto também iniciou a sua carreira esportiva como atleta e tem duas edições dos Jogos no currículo como velocista - Moscou 1980 e Los Angeles 1984.
 
“Os líderes de competição são profundos conhecedores de seus esportes e trazem toda essa experiência para dentro do Comitê para que possamos planejar, organizar e executar Jogos excelentes tanto para os atletas quanto para os espectadores”, afirma o diretor.
 
Mas não são somente ex-atletas que contam com a experiência para garantir provas impecáveis nos mínimos detalhes. Segundo Walter Boddener, líder de competição da vela, conhecimento do esporte é fundamental para desempenhar bem a função.
 
“Nós fazemos a integração entre o Comitê e a federação internacional, os atletas e os juízes nacionais e internacionais, então o conhecimento técnico do esporte é primordial para entender todas as demandas desses clientes e pensar nas melhores condições para as competições. A Baía de Guanabara, por exemplo, oferece um cenário muito bonito para a televisão, mas também raias muito técnicas, que vão deixar as competições da vela ainda mais emocionantes para os atletas e fãs do esporte”, comenta Boddener, que já foi treinador de velejadores brasileiros como Torben Grael e Robert Scheidt.
 
Em paralelo, o Conselho de Esportes, comandado pelo medalhista Olímpico da natação Ricardo Prado, reúne um grupo de atletas e ex-atletas de diferentes modalidades que atuam como consultores para diferentes áreas do Comitê. Em encontros periódicos, os atletas são convidados a opinar sobre diversos temas, como acomodação, transporte, infraestrutura e serviços para os Jogos.
 
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