Guga ataca Olimpíadas: "o Brasil precisa de atendimento básico"

Gustavo Kuerten / Foto: Rodrigo Dalmonico

Rio de Janeiro - O maior tenista brasileiro de todos os tempos, Gustavo Kuerten, de 39 anos, ficou de fato deslumbrado ao entrar no Centro Olímpico de Tênis, na Barra da Tijuca, que receberá as partidas da modalidade nos Jogos Olímpicos Rio 2016. 

O deslumbramento, porém, não impediu que Guga tivesse uma visão crítica sobre o Brasil receber um evento desse porte, com gastos bilionários, num momento de grave crise financeira como o que estamos passando. 

"Para as pessoas, o simbolismo de receber as Olimpíadas é importante. Mas na atual situação do Brasil, isso não é suficiente. O Brasil precisa de respostas maiores. O Brasil precisa de atendimento básico, e nisso nós sofremos em todos os aspectos. Não apenas nas Olimpíadas. As expectativas nunca vão ser correspondidas no nosso país, infelizmente. Em todos os quesitos. Não vale a pena investir R$ 1 errado aqui sabendo que as pessoas estão sofrendo com situações básicas do dia a dia. Isso não pode acontecer", argumentou.
 
O ex-tenista ainda refletiu sobre o que as Olimpíadas deixará de legado para a cidade. "Acho que o legado mais importante das Olimpíadas vai ser a estrutura física. Tivemos muitas oportunidades ao longo do caminho, mas o Brasil não proporciona isso. Tivemos inúmeras chances de aprimorar, investir no esporte, entender melhor esse universo, mas as arenas se transformam na nossa maior recompensa. Principalmente para os atletas", emendou.
 
"Nosso país ainda não está preparado para algumas ocasiões fantásticas. Ele espreme grandiosas oportunidades para extrair poucos benefícios. Claro que para o tênis vai ser maravilhoso e que essa estrutura pode transformar alguns esportes, mas de certo aspecto é pouco se pensarmos como uma nação inteira", finalizou Guga.
 
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