Imprensa internacional se derrete por Brasil e cerimônia de abertura
Rio de Janeiro - Não foi fácil a missão dada, em 2009, para o Rio de Janeiro, de organizar os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul. E muita gente desacreditou na capacidade do Rio e do Brasil de entregar uma Olimpíada de alto nível. Nessa sexta-feira, 05 de agosto, pelo menos por um dia, todas as dúvidas e desconfianças caíram por terra.
O Rio e o Brasil mostraram ao mundo, numa cerimônia simples e contagiante, o que temos de melhor: nosso povo, nossa cultura, nossa música. Não à toa, a festa empolgou os jornalistas estrangeiros de forma praticamente unânime. Nas tribunas de imprensa do Maracanã, onde estava o Esporte Alternativo, os profissionais de mídia não deixavam de fotografar cada momento.
No final, o acendimento da pira olímpica e a queima de fogos deixou a todos boquiabertos. Não que já não tivessem ficado antes, quando Jorge Ben Jor fez o público cantar, a capela, seu hino atemporal, "País Tropical".
Não que já não tivessem ficado antes, quando Paulinho da Viola e o públicou executaram uma versão única e emocionante do nosso hino nacional, com direito a um coro de 60 mil pessoas em uníssono.
Não que já não tivessem ficado antes, quando as 12 baterias das principais escolas de samba do Rio adentraram o Maracanã fazendo um verdadeiro Carnaval de fundo para Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta cantarem.
Elogios da imprensa internacional
Nas manchetes dos jornais mundo afora, os elogios foram constantes. "Simples e elegante", colocou o inglês The Guardian, em relação à apresentação de Paulinho da Viola do hino nacional brasileiro.
Até o baixo orçamento, que poderia ter sido um problema, passou desapercebido graças à alegria e emoção transmitidas pelo público presente nas arquibancadas e no palco.
"Você vê que as fantasias e o cenário não são tão luxuosos como os de outras cerimônias, mas isto realmente não importa quando você tem uma energia como esta", escreveu o New York Times, principal jornal do mundo.
O inglês The Telegraph diz que houve uma mudança repentina: "É como se alguém tivesse apertado o botão e ligado as pessoas. De repente, tudo é esplêndido".
"O Brasil surpreendeu com uma festa cheia de luz e música, assim como com várias cenas muito marcantes. Teve festa, um pouco de samba e, sobretudo, uma enorme celebração nas arquibancadas", publicou ainda o espanhol Sport.
A cerimônia de abertura da Rio 2016 acabou com Vanderlei Cordeiro de Lima, ex-maratonista e medalhista olímpico em Atenas 2004, acendendo a pira olímpica no Maracanã.
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