Irã coloca mulher para levar bandeira na cerimônia de abertura

Zahra Nemati / Foto: Harry Engels / Getty Images

Rio de Janeiro – Um país que trata as mulheres, historicamente, com desprezo e muita rigidez, o Irã abriu um espaço importante para suas cidadãs ao escolher uma mulher como porta-bandeira na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no dia 5 de agosto.
 
A arqueira Zahra Nemati, atleta das Olimpíadas e das Paralimpíadas, ficará responsável pela honraria. Hoje com 30 anos, a iraniana praticava taekwondo até 2008, quando sofreu um acidente de carro que a impediu de continuar praticando a luta. Foi aí que ela começou a se dedicar ao tiro com arco.
 
"Estou muito feliz por ter sido escolhida como porta-bandeira dos Jogos Olímpicos. É uma grande honra para mim e para as mulheres iranianas, a sociedade arqueira e Paralímpica. Estou me preparando para participar tanto dos Jogos Olímpicos como Paralímpicos", afirmou a arqueira.
 
A atitude do Irã é vista com bons olhos pela comunidade internacional, sobretudo pelas polêmicas já causadas pelo país na história recente. Para se ter ideia, em 2014, a iraniana Ghoncheh Ghavani foi condenada à prisão por ter assistido a um jogo da seleção de vôlei masculino do país (o país acabou abolindo esse dispositivo legal no fim de 2015).
 
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