Laboratório móvel detectará ameaças químicas e biológicas em 2016

Equipamento já foi usado em Natal e Salvador durante vistorias nos estádios da Copa de 2014 / Foto: Felipe Barra / Ministério da Defesa

Rio de Janeiro - O planejamento de segurança e defesa dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 contará com um poderoso equipamento: o laboratório móvel de análises químicas e biológicas. O aparato consiste num container adaptado, capaz de ser transportado por vias marítima, terrestre e aérea. Nele, profissionais de defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR) conseguem trabalhar na identificação, a partir de amostras coletadas, de ameaças que coloquem em risco a população.
 
Quem conheceu in loco o moderno equipamento foram os participantes do sexto curso básico de Assistência e Proteção em Resposta a Emergências Químicas para Estados Partes da América Latina e Caribe. A capacitação ocorre até esta sexta (27.03), no Rio de Janeiro.
 
Estacionado no Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha, no Rio, o laboratório já foi utilizado nas cidades de Natal (RN) e Salvador (BA) durante vistorias nos estádios usados na Copa do Mundo de 2014. A ideia é de que a tecnologia seja empregada em grandes eventos sediados no Brasil.
 
O equipamento pesa sete toneladas sem nenhuma equipagem e sobe para 8,5 toneladas munido de combustível e água. Dentro dele estão instaladas estufas, mesas de apoio, pia, e todo o necessário para o funcionamento de um laboratório. O local é refrigerado e abriga até três pessoas.
 
De acordo com o comandante do Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha, capitão-de-mar-e-guerra Carlos Jorge de Andrade Chaib, a tecnologia pode ser empregada diretamente em áreas contaminadas. O oficial anunciou que, no segundo semestre deste ano, será feito exercício em conjunto com o Exército voltado para coleta de amostras. O evento será sediado em Angra dos Reis, com foco em emergência nuclear. Ainda segundo Chaib, tanto Marinha quanto a Força Terrestre possuem interesse em aperfeiçoar o setor de amostragens.
 
Triagem médica e descontaminação - Na quarta-feira (25.03), os integrantes do sexto curso presenciaram simulação de ataque com gás e primeiros socorros às vítimas. O exercício, chamado de triagem médica, teve o objetivo de mostrar como ocorre a classificação dos enfermos e atendimento em quatro níveis: leve (verde), grave (amarelo), gravíssimo (vermelho) e morte (preto). Também foi usado no curso o ambulatório móvel equipado com talas, agulhas, soros, remédios e mantas térmicas.Os participantes assistiram ainda à demonstração de situação de descontaminação de indivíduos e veículos com reagentes biodegradáveis.
 
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