Mãe de preso por suspeita de terrorismo teme ser apedrejada na rua

Suspeitas de terrorismo já levaram 11 brasileiros à cadeia / Foto: Mario Tama / Getty Images

Rio de Janeiro - A mãe de Alisson de Oliveira, um dos presos acusado pelo governo de tramar atos terroristas para os Jogos Olímpicos Rio 2016, teve uma mudança brusca na sua vida. 

Lucineia de Oliveira, moradora de uma casa humilde em Saquarema, no Rio, afirmou, em entrevista ao portal UOL, que está com medo de sair na rua. 

"Está difícil, gente apontando a gente, passa um e fala besteira, que sou mãe do homem bomba. Estou com medo de sair na rua. Ontem fui até o mercado, mas a perna tremia. Graças a Deus, ninguém falou nada, mas a cabeça da gente fica", disse. 
 
Ela tem evitado trabalhar desde que seu filho e outras dez pessoas foram presas, na semana passada. "Eu tenho medo de ser apedrejada na rua, pelo que ouvi falando, se ele vier para Saquarema, vão matar ele. Pessoal dizia que ele ia explodir a Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica). Gente, nunca ouvi falar. Alisson tem boca, mas não fala. Em nossa casa, nunca falou nada (disso)", conta. 
 
Alisson foi levado preso pela Polícia Federal para uma penitenciária de segurança máxima em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Desde então a mãe não teve mais contato com o filho, pois não tem condição de viajar até o presídio. 
 
"Alisson não é de chorar nunca, ele é duro na queda, mas ele é carinhoso comigo. Falou: 'mãe, te amo. Te amo muito'. E nisso a polícia levou", lembra Lucineia, que aguarda o prazo de 60 dias dado pela Polícia Federal para voltar a ter contato com seu filho.
 

Veja Também: 

 

 
 
 
 
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Curta - EA no Facebook