Magnata da Barra descarta Vila Olímpica para pobres e Nuzman rebate

Carlos Carvalho / Foto: BBC Brasil

Rio de Janeiro - A entrevista do empresário Carlos Carvalho à BBC repercutiu e muito nesta quinta-feira, inclusive dentro do Comitê Olímpico Internacional (COI). O magnata, proprietário da construtora Carvalho Hosken, uma das donas dos terrenos do Parque Olímpico e da Vila dos Atletas dos Jogos Rio 2016, teceu comentários taxativos quanto à inclusão social. Segundo ele, não há espaço para "pobres" nos apartamentos da Vila após as Olimpíadas. 
 
"Você não pode pensar em tirar um favelado de onde ele vive, do habitat dele, para que ele venha a pagar aluguel e condomínio. Se ele não for preparado e se não houver um apoio correto para ensiná-lo sobre o seu novo habitat, o plano realmente não vai poder dar certo", afirmou Carvalho, sobre a destinação dos imóveis. 
 
Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), rebateu as informações do empreiteiro. "Não posso acreditar que o Carlos Carvalho tenha dito isso dentro da maneira que o conceito dos Jogos foi apresentado. Sou radicalmente contra. Os Jogos Olímpicos são para todos", disse. 
 
Segundo o dirigente, há que se beneficiar as áreas que precisam. "Quando decidimos que os Jogos seriam em quatro áreas diferentes do Rio foi justamente para dar aos Jogos a integração social", discursou. 
 
Nuzman ainda lembrou a longa idade do magnata. "Lamento o que ele disse. É uma pena que uma pessoa da idade dele [Carvalho tem 91 anos] tenha colocado a questão desta maneira", finalizou o presidente do COB, aos 73 anos.
 
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