Marta carrega peso menor na seleção: 'responsabilidade dividida'

Seleção se mostra mais independente de Marta / Foto: Buda Mendes / Getty Images

Rio de Janeiro - A vitória convincente da seleção brasileira de futebol feminino sobre a China, na estreia do torneio olímpico nesta quarta-feira, no Engenhão, deixou uma coisa visível: Marta já não carrega o time nas costas como antigamente. O peso é menor e a própria jogadora reconhece isso. 

"A gente vem dividindo a responsabilidade muito bem entre todas. Eu acho que é a forma com que a gente vem trabalhando, para que a gente não tenha uma dependência mais de uma e menos de outra, para que seja de todas, porque se todas estiverem bem, preparadas e motivadas, as coisas vão acontecer. Não adianta você colocar crédito 100% naquela atleta e esquecer das outras", declarou a cinco vezes melhor jogadora do mundo pela FIFA na saída do jogo. 

A partida teve gols de Mônica, Cristiane e Andressa Alves, essa última marcou depois de receber um passe perfeito de Marta na lateral. Os 3 a 0 em outros tempos dificilmente não teriam um gol de Marta. A vitória mostrou menos dependêndia de Marta, mas não surpreendeu. 

"Não surpreendeu porque a gente veio preparada, a gente sabia que a China era uma equipe bem compacta lá atrás e tentava sair no contra ataque. A gente estudou muito a equipe delas, a gente foi construindo nossa vitória no decorrer da partida, conseguimos fazer um gol no primeiro tempo, o que deu uma tranquilidade pra gente", emenda a jogadora. 

Seleção se mostra mais independente de Marta / Foto: Buda Mendes / Getty Images

Cristiane disse que a seleção foi melhor em campo e que a China se mostrou mais frágil do que nos vídeos em que elas tinham estudado. "A gente jogou muito bem, porque nós tínhamos uma outra impressão da China pelos vídeos que nós vemos. Então nós aproveitamos, tivemos mais toque de bola, elas deram espaço pra gente infiltrar e marcar os gols", analisa. 

O fato de estar em casa foi preponderante para a vitória. Segundo Fabiana, ter a família e a torcida do lado é emocionante. "É a minha família, é aqui, a gente passa mais tempo juntas aqui do que com a nossa própria família de verdade. É uma emoção muito grande, é o segundo campeonato importante que tem aqui no Brasil, teve o Pan em 2007, então a torcida a gente espera que apoie a gente até o final, independente do resultado", conta. 

"É gostoso, dá um frio na barriga gostoso, de saber que as pessoas saíram de casa, trouxeram os familiares para acompanhar o futebol feminino", diz Cristiane. 

Para Marta, a torcida é quase um jogador a mais. "A gente espera muito mais no próximo jogo, é sem dúvida uma motivação a mais, o nosso 12º jogador. Teve até momentos no jogo em que a China tentou crescer e aí a torcida começou a gritar, isso dá uma força na gente", conta. 

O próximo jogo, contra a Suécia, é no sábado às 17h30. Se ganhar a seleção provavelmente se garante nas quartas de final e fica mais próximo do inédito ouro, que é bastante desejado pelo time. "Nós vamos lutar para ganhar essa medalha de ouro que falta para o futebol feminino", garante Fabi. 

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