Mau comportamento pode tirar bad boys do tênis das Olimpíadas

Rio de Janeiro – A vaga olímpica dos australianos do tênis Bernard Tomic e Nick Kyrgios pode estar em risco, tudo por causa do mau comportamento dos dois atletas. A chefe da missão da Austrália, Kitty Chiller, afirmou em entrevista à agência Associated Press que observa com atenção as atitudes de ambos, as quais considerou irem de encontro aos princípios esportivos.

 

No caso específico de Tomic, ela ressaltou o péssimo comportamento do tenista durante a disputa do Masters de Madri, na semana passada. Na ocasião, ele jogou o match point a favor de seu adversário com a raquete invertida. A atitude foi vista como antidesportiva.

 

"Isso vai contra todos os valores que todos os atletas olímpicos buscam, isso vai contra tudo o que tentamos construir neste time. Eu não gostaria de ver qualquer um dos nossos membros da equipe olímpica se comportar dessa maneira", declarou Chiller, durante a assembleia geral do Comitê Olímpico Australiano.

 

Para piorar a situação, após sua atitude, Tomic disse que não se importava com ela, porque teria mais de US$ 10 milhões na conta com apenas 23 anos.

 

Já o comportamento de Kyrgios, que recentemente se envolveu em discussões com árbitros, adversários e espectadores, também está sendo analisado minuciosamente pela chefe da missão australiana. O tenista chegou a ser multado e suspenso por 28 dias em 2015 depois de uma briga com Stanislas Wawrinka.

 

"É responsabilidade deles (federação de tênis) determinar se é apropriado nomeá-los. Se qualquer atleta em qualquer esporte é nomeado, olhamos para tudo, incluindo comportamento, incluindo a cláusula de descrédito. Temos a capacidade de levar isso em consideração para proceder a nomeação ou não", emendou a australiana.

 

Tomic e Kyrgios ocupam a 21ª e 22ª posições, respectivamente, no ranking da ATP, sendo os melhores australianos na lista.