Mesmo incompleto, Parque Olímpico termina primeiro teste

Thiago Monteiro em ação durante o evento-teste do tênis / Foto: Gabriel Heusi / Brasil2016.gov.br

Rio de Janeiro - Para o Comitê Organizador Rio 2016, os principais testes foram realizados com êxito, especialmente por terem indicado os pontos de ajuste necessários.  Como exemplo, o diretor de Esportes, Rodrigo Garcia, mencionou o painel de fundo da quadra, que traz a marca do evento-teste e é verde-limão. Segundo alguns atletas, atrapalhou um pouco durante as partidas por se misturar com a cor da bolinha.

“A gente fez testes em relação às cores que a gente vai utilizar para comunicação visual dos Jogos e isso para nós é fundamental em esportes como o tênis e o tênis de mesa, em que os atletas usam a referência da bola. Estamos testando tonalidades, tem todo um grafismo do Rio 2016 que dá pra gente trabalhar com isso”, disse Rodrigo.
 
“O importante é que as quadras estão aí, recebemos vários feedbacks dos atletas em relação à cor da instalação, à velocidade da quadra, em relação até ao uso de iluminação, e para nós é muito importante ter esse retorno. Do lado da equipe, é fundamental testar a operação e o feedback também foi positivo”, acrescentou.
 
Em relação à iluminação, não houve jogos de noite durante o evento-teste. Nos Jogos Rio 2016, entretanto, haverá sessões noturnas. Conforme explicado por Gustavo Nascimento diretor de Gestão de Instalações do Comitê, na sexta (11.12), o aparato completo de iluminação será testado a partir de maio, para evitar gasto excessivo de dinheiro neste momento. Segundo o secretário geral da Federação Internacional de Tênis, os testes a partir de maio são suficientes e não prejudicam a organização do evento em 2016.
 
Visão dos atletas
 
Circulando pelo complexo, a campeã da disputa feminina  de tênis em cadeira de rodas, Natalia Mayara, não teve problemas com acessibilidade. Ela elogiou a estrutura e, em especial, os espaços da quadra principal.
 
“A quadra está impressionante, ótima. A área de recuo para cadeira de rodas está enorme, tanto lateral quanto para trás, isso é muito bom. Para mobilidade, para velocidade, para pegar a cadeira, a bola, na hora de trocar de lado, os espaços estão perfeitos”, disse a atleta, já classificada para os Jogos Paralímpicos Rio 2016.
 
Um dos testes do evento, a ação dos boleiros também foi aprovada pela atleta. “Está bom. No meu primeiro jogo, foi impressionante. Eu olhava e já estava com a bola na mão. E também são muito simpáticos, sempre atenciosos, oferecendo água, oferecendo toalha, está muito bacana”, explicou.
 
Melhor brasileiro no ranking de simples da ATP, Thomaz Bellucci (37º) jogou o desafio da tarde deste sábado com o jovem tenista Orlando Luz, de 17 anos. Ele venceu por dois sets a zero (7/6 e 7/6). Bellucci também não teve problemas com os boleiros, gostou do jogo com Orlandinho e aprovou a estrutura da quadra principal.
 
“A gente ainda não está na melhor forma, estamos em pré-temporada, então não seria um jogo em que estaríamos 100% tecnicamente. Mas foi um bom jogo, o Orlandinho tem muito potencial.  A quadra é excelente, não deixa nada a desejar aos torneios que a gente encontra no Circuito, Masters 1000, Grand Slams, é enorme”, disse. 
 
Além da quadra principal, outras nove quadras secundárias foram utilizadas no evento-teste. Orlando Luz também experimentou algumas delas.
 
“Gostei muito da quadra central. Como mencionaram durante a semana, está muito parecida com a quadra 1 de Wimbledon em tamanho. E o pessoal fez bastante barulho hoje, isso ajudou a sentir o público. Joguei na quadra 2, que também está muito parecida, ainda está sem a arquibancada, mas o público consegue chegar bem perto. Está muito bom”, avaliou. 
 
Durante os Jogos Rio 2016, serão 16 quadras. Além do tênis olímpico e paralímpico, o Centro de Tênis também vai sediar as disputas do futebol de 5. O futuro da instalação já está sendo discutido pela Confederação Brasileira de Tênis e as autoridades, e a perspectiva de ter um Centro Nacional de Treinamento no local anima toda as gerações.
 
“Seria muito legal conseguir esse complexo como casa do tênis e a gente vai fazer a maior força possível para conseguir isso”, disse Orlandinho. “Antes da era Guga, a gente nem pensaria em ter uma estrutura como essa, uma quadra com 10 mil pessoas, 16 quadras que, no futuro, podem virar Centro de Treinamento.  Nunca tivemos um centro de formação de atletas, apenas tenistas esporádicos, e é uma chance única. Temos de fazer diferente”, completou Bellucci.
 
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