Mídias sociais vão transformar o Rio 2016 para espectadores de todo o mundo

85% dos espectadores online dos Jogos Olímpicos devem usar mídias sociais como o aplicativo do Rio 2016 para acompanhar as competições / Foto: Matthias Hangst/Getty Images

Rio de Janeiro - Desde a primeira transmissão ao vivo por rádio em Antuérpia 1924 e a primeira cobertura televisiva ao vivo em Londres 1948, os Jogos Olímpicos sempre usaram tecnologias inovadoras de comunicação para levar os principais eventos a audiências em todo o mundo.
 
Este ano, no Rio 2016, os smartphones e as mídias sociais vão deixar os torcedores mais próximos da ação do que nunca, transformando atletas e fãs em produtores de conteúdo e mudando experiência de assistir aos Jogos.
 
"Os Jogos de Londres foram das mídias sociais, esses serão os Jogos dos dispositivos móveis", disse Adriana Garcia, diretora de comunicação digital do comitê organizador do Rio 2016. "Nossa expectativa é de que até 85% de nossa audiência venha de dispositivos móveis."
 
O uso de dispositivos móveis como smartphones e tablets como uma "segunda tela" enquanto se assiste à televisão significa que o Rio 2016 deve levar a atividade em mídias sociais a novos picos. 
 
Mesmo antes do início dos Jogos, mais de 800 mil pessoas já baixaram o aplicativo oficial do Rio 2016, que está disponível em sete línguas: português, inglês, espanhol, francês, japonês, mandarim e coreano.
 
"Esperamos chegar a mais de 30 milhões de downloads do aplicativo durante os Jogos", disse Adriana. "Será o dobro de Londres."
 
Segundo a empresa de pesquisa de marketing Global Web Index, 85% dos telespectadores dos Jogos Olímpicos com acesso a internet usarão um smartphone ou tablet em busca de mais imagens, dados, opiniões e bastidores. 
 
Quem tiver o aplicativo do Rio 2016 poderá acompanhar a cobertura em tempo real de todos os eventos, além de ter acesso a conteúdo de bastidores da cerimônia de abertura e de outros eventos em toda a cidade. 
 
"Vamos comentar a cerimônia de abertura ao vivo no aplicativo e no nosso site", disse a gerente de comunicação digital do Rio 2016, Alexandra Rohr. "Onde estiverem, os espectadores poderão usar nosso aplicativo como uma segunda tela para ter novas visões sobre os Jogos Olímpicos."
 
A mídia social começou a marcar presença em Londres 2012, com mais de 150 milhões de tweets ao longo de 16 dias.
 
É raro um atleta hoje que não utilize sua conta no Twitter, Facebook, Weibo ou Instagram. Alguns dos maiores astros têm milhões de seguidores, dando a eles acesso a seus preparativos e uma visão única da atmosfera no Rio.
 
"A narrativa vem agora em primeira pessoa: a voz do atleta Olímpico, o que muda tudo quando se trata de conteúdo", disse Alex Huot, chefe de mídia social do Comitê Olímpico Internacional (COI). 
 
Huot começou a trabalhar no setor de comunicações do COI há 16 anos e testemunhou em primeira mão o impacto que a mídia social teve sobre a relação entre fã e atleta. "Agora é muito mais íntima, pessoal, imediata e autêntica", disse Huot.
 
As contas oficiais de mais de 6 mil atletas olímpicos já podem ser encontradas no Olympic Athletes’ Hub
 
As empresas de mídias sociais estão descobrindo também que seus usuários valorizam conteúdo em tempo real e vídeos ao vivo. Para atender a essa demanda, o Twitter adquiriu o aplicativo Periscope e o Facebook criou seu serviço de streaming Facebook Live. As duas tecnologias estão sendo bastante usadas pelos atletas, com a notícia de que Michael Phelps recebeu US$ 200 mil do Facebook para conectar seus fãs ao Facebook Live.
 
Nesta semana, o Rio 2016 lançou uma conta em inglês no Snapchat, a plataforma de mídia social em que todo o conteúdo em vídeo desaparece depois de 24 horas. 
 
"O Snapchat dará aos usuários a visão de quem está lá dentro sobre a sensação de estar no Rio de Janeiro", disse Ian Francis, produtor de mídia social do Rio 2016. O tricampeão da Volta da França Chris Froome já convidou seus fãs para segui-lo no Rio pelo Snapchat.
 
 

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