Na maratona, atleta cai e faz flexões; queniano é ouro e Marílson se aposenta

Americano cai e faz algumas flexões para "disfarçar" / Foto: Matthias Hangst / Getty Images

Rio de Janeiro - Cenas curiosas marcaram a chegada da maratona olímpica, última prova do calendário do atletismo, disputada na manhã deste domingo, pelas ruas do Rio de Janeiro. 

A primeira e mais icônica delas foi a protagonizada pelo maratonista americano Meb Keflezighi. Quando estava prestes a cruzar a linha de chegada depois de mais de 42km de corrida, o atleta, na 13ª colocação, escorregou graças ao piso molhado e caiu de barriga no chão.

O curioso, porém, vem agora: Keflezighi, logo após cair no chão, dobrou os braços e começou a fazer algumas flexões, para disfarçar, de brincadeira, o tombo que levou. O atleta demonstrava muito cansaço e foi atendido logo depois. 

Outra cena que chamou bastante a atenção na chegada do sambódromo envolveu o iraniano Mohammad Moradi. A poucos metros da linha de chegada, ele também caiu, 

mas de cansaço, e acabou concluindo a prova engatinhando. 

Moradi chegou entre os últimos, na 129ª colocação e precisou receber auxílio dos médicos pois sofria com muitas dores no corpo. 

A prova

A maratona do Rio foi um pouco diferente das anteriores do calendário olímpico, pois ao invés de ser um percurso único de 42km, teve um momento no Aterro do Flamengo em que os maratonista percorreram três voltas iguais. 

A prova foi vencida pelo queniano Eliud Kipchoge, que era um dos favoritos ao ouro, com o tempo de 2h08m44s. O etíope Feyisa Lilesa terminou com a prata e o americano Galen Rupp, com o bronze. 

Kipchoge foi o campeão no Rio / Foto: Buda Mendes / Getty Images

Os brasileiros não foram bem, com Paulo Roberto Paula na melhor posição, em 15º. Marílson dos Santos, com o melhor tempo do país na prova, acabou em 59º, e Solonei Silva, na 78ª colocação.

Marilson se aposenta

O melhor maratonista brasileiro concluiu a prova na Rio 2016, neste domingo, com um tempo muito abaixo do que costuma praticar: 2h19m09s. Aos 39 anos, Marílson dos Santos teve problemas para concluir a prova e, só o fez, segundo ele por uma "questão de honra". 

“Geralmente, numa maratona dessa eu tinha parado. Os prejuízos de uma prova dessa pra quem vai continuar são irreparáveis. Mas eu não parei por uma questão de honra. Estava diante da minha torcida, no meu país, era minha última prova", admitiu o maratonista. 

Marílson tinha um semblante de bastante cansaço. Segundo o atleta, ele só conseguiu concluir a prova devido ao apoio do público. "Se não fossem eles eu não teria terminado. A emoção batia mais forte e eles me levaram, porque eu terminei destruído", declarou. 

Marílson tem no currículo dois títulos da Maratona de Nova York, uma das mais importantes do mundo, e três São Silvestres, além de ter ficado em quinto lugar na maratona das Olimpíadas de Londres, em 2012. 

 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Curta - EA no Facebook