Nadadora supera depressão e suicídio na família para ir aos Jogos

Allison Schmitt é amiga de Michael Phelps / Foto: Reprodução / Instagram

Rio de Janeiro - Pode parecer pouco para alguém que já foi campeã olímpica três vezes e que tem seis medalhas olímpicas entrar na Rio 2016 apenas na quarta vaga do revezamento 4x200m livre dos EUA. Mas, para Allison Schmitt, a conquista é motivo de orgulho, depois de diversos problemas pessoais como depressão e um suicídio na família. 

“Eu vou para o Rio! Foram quatro anos muito complicados, mas agora eu estou muito feliz. Foi incrível”, comemorou a nadadora, na zona mista do Centurylink Center, em Omaha, onde ocorre a seletiva dos Estados Unidos.

Nas disputas individuais, Schmitt ficou de fora, perdeu para Katy Ledecky e Missy Franklin. Leah Smith também superou a atleta e compõe a equipe do revezamento junto com ela. 

Schmitt se destaca na natação mundial desde antes Pequim 2008. Treinada pelo mentor de Michael Phelps, Bob Bowan, a nadadora conquistou, porém, apenas um bronze (4x200m livre) na China. Em Londres 2012 o cenário foi bem mais propício e ela alcançou cinco pódios (ouro nos 200m, no 4x100m medley e no 4x200m livre, além de prata nos 400m livre e bronze nos 4x100m livre).

No último quadriênio, no entanto, a situação pessoal pesou. “Por dois anos, tive um período muito difícil. Foi realmente complicado para mim, e eu não conseguia nem falar sobre o que estava acontecendo”, relatou a nadadora, sobre o período de depressão.

Quando sua prima, April Bocian, cometeu suicídio em maio de 2015, o drama da nadadora veio à tona. “Nós somos uma família muito unida. April e eu temos muitas similaridades, e eu sempre lembro das coisas que fizemos juntas. Fomos viajar juntas no último verão”, declarou Schmitt, em entrevista publicada pelo site oficial da USA Swimming (equipe de natação dos Estados Unidos) em 2015.
 
O compatriota e amigo pessoal de Schmitt, Michael Phelps, foi outro que comemorou a ida dela à Rio 2016, talvez por ter ele próprio superado problemas pessoais para estar na Olimpíada.
 
“Allison é como uma irmã para mim. Eu a amo demais e estou orgulhoso por tudo que ela conseguiu fazer. Acompanhei os altos e baixos dela, e estar no time pela terceira vez é algo realmente impressionante. Agora ela está feliz, vai para os Jogos e está recuperada. Ela conta piadas em todos os dias, ainda que nem todas sejam engraçadas, mas ela está lá”, analisa o campeão olímpico.

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