Nova geração feminina do polo americano quer manter tradição olímpica

Time de polo aquático posa na piscina do Botafogo, onde treinou durante esta semana / Foto: Rio 2016 / Alexandre Loureiro

Rio de Janeiro - Quando se fala da disputa feminina do polo aquático é difícil ignorar os Estados Unidos. As atletas do país são as atuais campeãs Olímpicas e mundiais (sem esquecer de acrescentar as conquistas dos Jogos Pan-Americanos, da Copa do Mundo e da Liga Mundial), mantendo uma forte tradição de estar no pódio a cada edição dos Jogos Olímpicos. E a má notícia para as rivais é que o time está pronto para lançar uma nova geração no Rio 2016.

“Existe uma forte liderança de quatro atletas que estiveram em Londres, mas também temos algumas ótimas jogadoras jovens”, diz a capitã Maggie Steffens, uma das remanescentes do grupo que conquistou a medalha de ouro na Inglaterra há quatro anos. “Temos jogadoras como Ashleigh Johnson no gol, que é uma atleta incrível, e Rachel Fattal, que provavelmente é uma das melhores jogadoras ofensivas do mundo. Também contamos com Kiley Neushul, que é uma grande atleta polivalente. É realmente uma ótima nova geração que tem muita energia e espírito de determinação. É uma mistura animadora".
 
Steffens e companhia estão no Rio esta semana para um torneio contra algumas de suas adversárias na luta por medalhas no Rio 2016: Holanda, Austrália, China, Brasil e Canadá. As norte-americanas jogaram a primeira partida contra as holandesas nesta sexta-feira (13) na piscina do Mourisco Mar, sede aquática do Botafogo, que oferece uma vista estonteante de pontos turísticos da cidade como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor.
 
“Estar aqui, sentir a energia e o espírito Olímpico do Rio, é inacreditável e realmente importante para nós”, disse Steffens, de 22 anos. Os Estados Unidos ainda precisam confirmar a classificação entre as oito equipes que participarão dos Jogos Rio 2016 no torneio classificatório previsto para março, na Holanda, e a atleta está ciente do desafio.
 
“É uma longa e difícil jornada. Teremos pela frente muita competição, mas queremos chegar lá. A coisa mais importante é focar no quanto a gente pode evoluir. Estabelecemos padrões altos para nós e todos os dias tentamos alcançá-los e superá-los”.
 
A filosofia descrita acima tem sido vista nas quatro participações norte-americanas nos Jogos Olímpicos: prata em 2000 e 2008, bronze em 2004 e ouro em 2012. “Começa com ter jogadoras talentosas, mas tem muito a ver com uma cultura competitiva de trabalho duro e desprendimento que as atletas adotam, com as mais velhas liderando as mais novas", destaca o técnico Adam Krikorian, que comanda o time desde 2009.
 
Para Courtney Mathewson, outra das veteranas de Londres 2012, nada virá com facilidade. “Do jeito que o polo aquático está hoje, se a gente se classificar (para os Jogos), nossas chances de vencer são uma em oito”, acredita a atleta, de 29 anos, também integrante do grupo que em 2010 posou para um ensaio fotográfico da ESPN Magazine.
 
“Foi divertido e deu uma sensação de poder”, afirma Mathewson. “Foi uma celebração das atletas femininas, orgulhosas do que somos e do que nossos corpos suportam para atuar em um esporte de alto desempenho. O polo aquático trabalha o corpo todo, dos pés à cabeça, e mentalmente também. Qualquer pessoa que nada sabe que o corpo é trabalhado na totalidade porque fazemos passes, arremessamos, disputamos a bola, tudo".
 
Veja Também: 
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Curta - EA no Facebook