Novo ministro do Esporte é pastor e já foi pego com R$ 600 mil em dinheiro

George Hilton toma posse em Brasília / Foto: Paulino Menezes / ME

Rio de Janeiro - A reforma ministerial do novo governo da presidenta Dilma atingiu também a pasta dos Esportes, que teve a saída de Aldo Rebelo e a posse de George Hilton, em Brasília, na última sexta-feira. O ministro deverá estar à frente do maior evento esportivo o mundo, os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Muito criticado pela sua inexperiência no assunto, Hilton se disse aberto ao diálogo com quem tem conhecimento sobre a área. Deputado do Partido Republicano Brasileiro (PRB), ele prometeu atenção ao esporte como instrumento de inclusão social e se comprometeu com um legado "amplo, democrático, nacional e duradouro", dos Jogos. 

"Entendo a preocupação daqueles que não me veem ligado ao esporte, mas isso se deve à recente institucionalização do Ministério, que precisa consolidar sua estrutura política e administrativa", afirmou. 

Hilton tentou tranquilizar. "Posso não entender profundamente de esportes, mas entendo de gente. Sei ouvir as pessoas, sei dialogar, sei criar convergências entre opostos. E usarei esta capacidade de gesstão política a favor do esporte brasileiro com toda a minha energia, disso podem estar certos", disse em seu discurso de posse, que durou 50 minutos. 

No pronunciamento Hilton até citou o Bom Senso FC, movimento dos jogadores de futebol do Brasileiraõ, com críticas ao atual formato do campeonato. O novo ministro porém não mencionou a ONG Atletas do Brasil, responsável por críticas pesadas à indicação do seu nome para a pasta. 

Durante a cerimônia de posse estiveram presente funcionários do ME, o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), General Fernando Azevedo e Silva e o antecessor, Aldo Rebelo (PC do B). Dentre os atletas, apenas Emanuel, do vôlei de praia, esteve presente. 

Por fim, Hilton, que é pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, garantiu que sua fé não será um obstáculo para sua atuação no ME. 

O atual ministro foi flagrafo pela Polícia Federal em 2005 no Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte (MG), com R$ 600 mil em dinheiro vivo e acabou expulso de seu partido, o extinto PFL. O deputado alegou que o dinheiro seria proveniente de doações de fiéis da igreja e o processo foi arquivado pela STF por não ter sido encontrada irregularidade. 

 
 
 

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