O centenário de João Havelange e o que mudou

João Havelange / Foto: Reprodução / Gazeta do Povo

Rio de Janeiro - João Havelange foi um dos dirigentes mais transformadores da história do esporte. Presidente da Fifa por mais de 24 anos, ele contribuiu também com o mundo Olímpico na posição de atleta e membro do COI.

Seu discurso em Copenhague no dia 2 de outubro de 2009, reta final da eleição da cidade-sede para os Jogos de 2016, praticamente assegurou a vitória do Rio.

"Convido todos vocês para estarem comigo em 2016, na minha cidade, no novo Brasil, para celebrar os Jogos e, por uma incrível coincidência, também o meu centésimo aniversário”, disse, referindo-se à data comemorada em 8 de maio. Com essa frase, João Havelange engajou a maioria dos membros do COI com direito a voto.

O convite foi aceito e o Rio está, hoje, a 91 dias dos primeiros Jogos Olímpicos do Brasil e da América do Sul. João Havelange chega aos 100 anos de uma vida dedicada ao esporte, em que a inovação terminou sendo a característica mais marcante.

Primeiro presidente não europeu da FIFA, deixou como legado a expansão internacional da entidade: incluiu as nações africanas, do Caribe, do Sudeste asiático e da América Latina na esfera de decisão de uma entidade até então eurocêntrica. Assim, sob seu comando, o número de seleções participantes da Copa do Mundo subiu de 16 para 32 entre 1974 e 1998.

Além de crescer, a FIFA se modernizou e, hoje, possui 209 integrantes – mais do que os 193 países-membros da ONU. O carioca Havelange viveu intensamente o esporte desde a juventude. Atuou como zagueiro em seu time do coração, o Fluminense, foi nadador e ainda seguiu carreira no polo aquático. Competiu como atleta da natação nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e do polo aquático em Helsinque, em 1952.

Ex-membro do Comitê Olímpico Internacional, no qual ingressou em 1963, foi eleito o "Dirigente do Século", em 1999, ao lado do Barão Pierre de Coubertin, idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, e de Juan Samaranch, presidente de honra do COI.

Em 2008, recebeu do Comitê Olímpico do Brasil (COB) o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, homenagem a atletas e ex-atletas representativos dos valores que marcaram a vida e a carreira de Adhemar, como a ética, a esportividade, o companheirismo e o respeito ao próximo.

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