Paes critica Fifa e confessa que Rio tinha as 'piores condições' em 2009

Vila Olímpica foi construída do zero para os Jogos / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - Conhecido por dar declarações controversas, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, criticou nesta quarta-feira a Fifa, com quem precisou lidar diuturnamente durante a organização do mundial de futebol, no ano passado. 

"A Fifa só queria saber de estádio, aeroporto e hotel. O COI [Comitê Olímpico Internacional], por exemplo, tem um francês que desde o início vem ao Rio a cada três meses para acompanhar tudo o que está acontecendo aqui só com o transporte", disse. 
 
Para o político, isso é um sinal de que a entidade máxima do esporte olímpico se preocupa com o legado que o evento deixará para a cidade. "Tem uma preocupação permanente com o legado. As instituições têm pessoas boas e ruins. No COI, o bem venceu", afirmou, na coletiva de imprensa no Parque Olímpico, a um ano dos Jogos de 2016. 
 
Paes ainda confessou que em 2009, quando a capital fluminense foi escolhida como cidade-sede dos Jogos Olímpicos, a situação era a pior em relação às outras candidatas (Chicago, Tóquio e Madri). 
 
"O Rio se serviu dos Jogos para se transformar. A vitória em 2 de outubro de 2009 foi uma mudança nessa cidade. O Rio ganhou não porque era melhor. O argumento que a gente usou foi o que o Rio tinha condições muito piores: Desigualdade grande, transporte público ruim, todo verão desliza terra e morre gente. Se uma Olimpíada significa transformação, o que iam fazer em Chicago, Tóquio ou Madri? Esses são os Jogos do legado", concluiu. 
 
O prefeito do PMDB comparou a situação do Rio com a de Barcelona. A cidade sofreu profundas mudanças para receber as Olimpíadas de 1992 e é considerada um dos maiores exemplos de legado pós-Jogos. 
 
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