Para secretário, Rio 2016 será início de novo ciclo de crescimento do esporte

Secretário Ricardo Leyser / Foto: Paulino Menezes / ME

Rio de Janeiro - Os novos talentos que surgiram em esportes pouco conhecidos no Brasil e as 27 medalhas conquistadas por brasileiros no ano passado em Mundiais ou competições equivalentes de modalidades olímpicas exemplificam os recentes resultados de um plano de investimentos que tem como foco os Jogos do Rio 2016, mas que também pretende usar o evento como catalisador para uma mudança de patamar do esporte brasileiro.  
 
O legado que ficará para o país com a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos foi o tema principal de palestra proferida pelo secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, nesta sexta-feira (17.10), em São Caetano do Sul (SP). O evento contou com a participação de atletas, pais, professores, treinadores, coordenadores, gestores, dirigentes esportivos e representantes de clubes e associações do ABC Paulista, além do prefeito da cidade, Paulo Nunes Pinheiro.
 
Para o secretário Ricardo Leyser, “o objetivo é que os Jogos Olímpicos do Rio sejam o início de um novo ciclo de crescimento do esporte brasileiro, não o ápice do nosso desempenho”. A meta do Brasil é ficar entre as dez principais potências esportivas do mundo nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 e entre os cinco primeiros colocados nos Jogos Paraolímpicos. “Nós não queremos ser a Jamaica e ter um único esporte que vai ganhar 10 medalhas de ouro. O Brasil só vai se reconhecer enquanto potência se a gente ganhar no vôlei, judô, hipismo, ginástica, taekwondo... Queremos ganhar medalhas em muitas modalidades”, pontuou Leyser.
 
Alcançar esse objetivo e garantir o legado do Rio 2016 passa, no entanto, por muitos desafios.  Para alcançar a meta a que se propôs, o Brasil modernizou a legislação, aumentou investimentos, criou novos programas, reforçou o esporte na escola, entre muitas outras ações articuladas. Esse processo começou em 2001, com a aprovação da Lei Agnelo/Piva, ganhou fôlego com a criação do Ministério do Esporte em 2003 e se intensificou após a vitória na disputa pela sede dos Jogos Olímpicos de 2016, em 2009.
 
“Hoje temos uma política com uma visão única, um objetivo único”, explica Leyser, lembrando que, antes, as confederações de cada modalidade definiam suas metas e alocavam os recursos arrecadados de acordo com suas prioridades, enquanto hoje há uma articulação entre governos federal, estadual, municipal, confederações, clubes e demais entidades de administração e prática esportiva.
 
Os frutos que o esporte brasileiro já começa a colher indicam que as ações estão no caminho certo. “Ano passado conquistamos 27 medalhas em provas olímpicas em Mundiais ou equivalentes. O melhor resultado do Brasil tinha sido 11 medalhas, no ciclo pós-Pequim. Ou seja, nós multiplicamos por três nosso resultado. E com muitas caras novas, o que é importante pra nós. Esse desempenho e esses atletas novos não estão brotando por acaso. São fruto de muito trabalho e muito investimento”, afirmou Ricardo Leyser.
 

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