Pesquisa TNS revela a expectativa dos atletas brasileiros para o Rio 2016

O apoio da família é essencial para o psicológico e emocional dos atletas / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - Há alguns dias do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a TNS, empresa global de pesquisa de mercado, realizou levantamento com atletas brasileiros que participarão do evento para conhecer a rotina, os sacrifícios que fazem e as recompensas que buscam na carreira.
 
Uma das principais conclusões do estudo é que as Olimpíadas são uma oportunidade única na vida dos esportistas de alcançar a glória e se converterem em herois de sua nação.
 
Dentre os entrevistados, muitos tiveram que fazer muitos sacrifícios neste caminho para a glória, a começar pela família. O estudo mostra que precisaram sair de casa ainda quando pequenos (entre 9 e 11 anos) para centros de treinamento em outros Estados, e abriram mão de alguns hobbies e gostos, como ir dormir tarde e alimentação, para manterem-se no peso ideal. Também abdicaram seu tempo para participar de treinamentos árduos de 6 a 8 horas por dia, seis vezes por semana, e tudo para alcançar seu sonho e ganhar uma medalha.
 
Os esportistas correm contra o tempo. Eles reconhecem que quatro anos (período entre uma Olimpíada e outra) é muito tempo e os que não conseguem participar de uma edição, talvez não consigam mais. Em primeiro lugar, pelo fator idade. Muitas modalidades não aceitam esportistas depois dos 30 anos. Em segundo, pelo desgaste físico. As articulações e músculos de um atleta de alto rendimento sofrem um desgaste maior do que da população em geral. E por último, o próprio estilo de vida e metas que mudam ao longo dos anos, por exemplo com as mulheres priorizando a maternidade.
 
De acordo com o estudo, o apoio dos companheiros de equipe, membros do clube e família é essencial para o psicológico e emocional dos atletas, além de um incentivo para que não desistam e sigam enfrentando as dificuldades do esporte.
 
Os atletas concordam que, para vencer, além da técnica, treinamento e persistência, precisam estar em sintonia mente-corpo, e o eixo condutor desses dois fatores é a religiosidade. Independente da religião, cada atleta tem um ritual para ter sorte no dia da competição. Ainda segundo o levantamento, o fator Deus ou sorte é o que lhes permitirá ultrapassar os seus limites. Entre as atividades realizadas antes das provas está rezar ou cantar um mantra, tocar a pista e levar consigo um amuleto de proteção, que os acompanha em todas as competições, tal como usar uma roupa especial debaixo do uniforme.
 
A maioria dos atletas dedica-se 100% ao treinamento e muitas vezes depende do apoio do governo ou de patrocínio de uma marca para sobreviver. Além da satisfação pessoal de conquistar uma medalha, isso significa ter a oportunidade de receber uma bolsa para continuar a se preparar.
 
Por fim, o estudo também analisou qual o rumo destes atletas após as Olimpíadas. Alguns têm a oportunidade de seguir se preparando e esperar mais quatro anos, mas outros, a maioria, terão que buscar ocupações alternativas, tais como o ensino ou formação que lhes permitirá ficar perto do esporte, sua paixão, mas em um papel secundário, já não como protagonistas.
 

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