Prefeito critica saneamento do Quênia e vê exagero em temor pelo zika vírus

Eduardo Paes, durante coletiva na inauguração do novo Maria Lenk / Foto: Esporte Alternativo

Rio de Janeiro - O temor de algumas delegações estrangeiras que virão para a Rio 2016, em agosto, é em partes exagerado, segundo o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PMDB). 

O governante acredita que o desconhecimento a respeito do vírus tem gerado uma preocupação acima do normal. "Olha só, primeiro eu acho que a gente tem que... Eu não quero minimizar, acho que é um problema do Brasil, não é um problema olímpico. Primeiro a gente tem um fato que é o desconhecimento em relação ao vírus da zika, mas a gente tem cidades que tem muito mais casos. A gente vive no Rio, comparado a outros verões, uma situação muito melhor", afirmou.

"Segunda coisa a se destacar é que o período da Olimpíada é um período que o mosquito transmissor não está se procriando, no ambiente. Então é uma situação muito melhor. São meses mais secos e menos quentes, com menos incidência do mosquito", emenda Paes. 

Segundo o prefeito, o número de mortos pelo zika vírus é muito menor que por gripe ou pela dengue. "Mas eu acho que cabe dar as explicações devidas, precauções, mostrar o que nós estamos fazendo para evitar perigo a qualquer atleta, qualquer gestante que vier ao Brasil. Mas eu acho que há um certo exagero", justificou. 

No final, Paes ainda jogou uma indireta para os quenianos, cujo comitê olímpico afirmou que cogitaria não trazer seus atletas ao Brasil para os Jogos caso a epidemia se mantivesse. 

"Outro dia eu estava vendo que o comitê americano pode fazer isso. Depois que o comitê do Quênia pode fazer aquilo... E não deve ser lá também o melhor exemplo de saneamento, né?", sugeriu. 

Paes crê que o tema do zika vírus não deve ser tratado como um tema olímpico. "É um tema de nós, brasileiros", concluiu.

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