Presidente do COI diz que Olimpíadas é parte da solução do Brasil

Thomas Bach / Foto: Divulgação / COI / Alexander Hassenstein

Rio de Janeiro – O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, foi ousado em entrevista à revista alemã Kicker, nesta segunda-feira, a respeito da realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 em tempos de crise política e econômica no Brasil.
 
"Vemos que os responsáveis e a população brasileira se deram conta que a Olimpíada faz parte de uma solução (para o país), não o problema. No futebol, falamos sobre estádios e aeroportos. Com os Jogos Olímpicos, nós vamos fornecer moradias para milhares de pessoas", afirmou, fazendo referência aos prédios da Vila Olímpica, que serão concedidos à iniciativa privada após os Jogos.
 
Mesmo assim, o alemão mostrou preocupação com o momento vivido pelo país nos cenários político e econômica, a praticamente seis meses da abertura dos Jogos, no dia 5 de agosto, em cerimônia no estádio do Maracanã.
 
"Todos nós sabemos que a situação política e econômica é muito, muito difícil e que o país se encontra em uma crise profunda. Mas as obras estão quase todas concluídas e estamos confiantes que vamos experienciar uma Olimpíada incrível", emendou.
 
Ameaças globais como o terrorismo, por exemplo, devem ser combatidas nas Olimpíadas. "A Olimpíada é o único evento que traz sob o mesmo teto o mundo todo sem discriminação. O esporte é a única área da vida humana onde os direitos de todos são iguais", disse.
 
Questionado sobre a crise no controle de doping em países como a Rússia e o Quênia, Bach foi taxativo, pedindo controle extremo e punição. "Tem de haver tolerância zero, o que significa que todos envolvidos, sejam atletas, técnicos, médicos ou oficiais devem ser punidos. Ao mesmo tempo, atletas limpos devem ser protegidos", analisou, vagamente.
 
Sobre a suspensão da Rússia que, até segunda ordem, não está liberada para mandar seus atletas à Rio 2016, o mandatário jogou a responsabilidade para a Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf).
 
"A Iaaf agora tem de ver o progresso que está sendo feto e decidir se a suspensão deve ser retirada ou não", finalizou.
 
 

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