Primeiros refugiados chegam para Olimpíadas: "estamos seguros"

Refugiados já estão no Rio para Jogos Olímpicos / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro - A primeira leva de atletas refugiados que competirão nos Jogos Olímpicos do Rio sob a bandeira do COI (Comitê Olímpico Internacional) desembarcou, nesta sexta-feira, no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

Os cinco atletas são do Sudão do Sul e vivem no campo de refugiados de Kakuma, no Quênia. Eles são refugiados da guerra e da fome em sua terra natal e competirão no atletismo. 

Anjelina Nadai (1.500m), Rose Lokonyen (800m), Yiech Biel (800m), James Chiengjiek (400m) e Paulo Lokoro (1.500m) foram os atletas que chegaram. Anjelina se dise muito feliz e, sobretudo, segura em não estar mais na guerra. 

"Eu me sinto muito, muito segura agora. Estamos seguros. Eu estou feliz demais de representar um time de refugiados, porque é algo que nunca ocorreu na história dos Jogos Olímpicos. É claro que são duas coisas acontecendo ao mesmo tempo, a boa, aqui, e a ruim, no nosso país, mas mesmo assim eu não consigo deixar de ficar feliz, mesmo sendo tão difícil de aceitar. Mas temos que concentrar no que vamos fazer aqui sem deixar o que está acontecendo no nosso país nos afetar", declarou a su-sudanesa. 
 
Eles chegaram em voos domésticos na manhã desta sexta-feira, depois de fazer uma escala em São Paulo. A queniana Tegla Loroupe, presidenta da fundação que leva seu nome e oferece apoio a atletas refugiados, estava junto deles e comentou a iniciativa do COI de agregá-los na Rio 2016. 
 
"O grande objetivo deles é representar os milhões de atletas refugiados que existem e vivem em outros países. Eles estão ansioso para competir e fazer seu melhor. O presidente do COI, Thomas Bach, se deu conta da importância de que os refugiados estejam na Olimpíada. São pessoas que estiveram em uma situação extremamente crítica e agora estão aqui no Rio de Janeiro como atletas. Você pode ver em seus rostos que eles estão felizes e querendo mostrar seu talento", analisa. 
 
Os sul-sudaneses se juntarão aos outros quatro atletas que já estão no Rio e aguardarão a chegada do maratonista Yonas Kinde nos próximos dias para completar a delegação de dez atletas refugiados, primeira equipe da história dos Jogos Olímpicos.

Veja Também: 

EA GALLERY 

 
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Curta - EA no Facebook