Proibidos, drones poderão ser abatidos a tiros durante Jogos

Tema "drone" já foi debatido diversas vezes pela Rio 2016 / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - Uma das principais preocupações da área de segurança do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, os drones, proibidos terminantemente, poderão ser abatidos a tiros durante as Olimpíadas. 

Impedidos de circularem em todo o Rio de Janeiro, os drones geraram apreensão inclusive em órgãos do governo federal, devido à possibilidade de ataques terroristas se darem através de objetos aéreos não tripulados.

Nunca tão acessíveis e populares como antes, os Jogos Rio 2016 são a primeira edição a encarar esse tipo de problema. Nem na Copa do Mundo de futebol, em 2014, havia tanto apelo pelos objetos voadores. Desautorizadas também pela FIFA, menos de 10 modelos foram arpeendidos por uso irregular.

Nas Olimpíadas são esperadas mais ocorrências com drones, mesmo com o artigo 261 do código penal sancionando com até 12 anos de prisão quem for flagrado pilotando drone na cidade do Rio durante os Jogos. 

Giovano Palma, coordenador-geral de Planejamento de Coordenação Aérea Civil da Secretaria de Aviação Civil, explica a questão.

“A maioria das pessoas que compra ainda não tem a cultura da segurança e da aviação. Para alguém operar uma aeronave, o piloto tem que fazer um curso teórico, começa como piloto privado, piloto comercial, para só depois ser piloto de linha aérea. Tudo isso embute a cultura de segurança no cidadão. Já alguns dos usuários que adquirem o drone compram hoje e amanhã já estão operando em qualquer lugar”, explicou.
 
“Existe um decreto que aborda todos os casos de ameaças com aeronaves. E o drone é uma aeronave. Há um item específico para drones neste decreto que se ela estiver voando em área não permitida, já passa a ser enquadrado como suspeito. Há todo um procedimento: primeiro tenta interceptar, depois tenta a comunicação, se não funcionar, ela passa a ser uma aeronave hostil. A partir daí pode vir a ser derrubada”, emenda.
 
Giovano dá um exemplo. “Se o serviço de inteligência identificar que aquele drone precisa ser abatido, ele pode ser alvo de um tiro, derrubado, apreendido. Vamos supor, no dia da abertura da Rio-16, foi identificado um grupo se preparando para alguma ação com bandeira ou alguma ameaça utilizando de drone: se necessário, será tomada uma medida mais drástica. Agora, em Copacabana, o policial não vai sair atirando, porque não vai ser preciso”, finaliza Palma.

Veja Também: 

 

 
 
 
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Curta - EA no Facebook