Relatório aponta que 11 operários morreram em obras olímpicas

Obras do entorno do Parque Olímpico registraram duas mortes / Foto: Ricardo Cassiano / Prefeitura do Rio

Rio de Janeiro – Um relatório divulgado nesta segunda-feira pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro aponta que 11 operários morreram em obras de instalações esportivas ou de legado relacionadas às Olimpíadas do Rio, entre janeiro de 2013 e março de 2016.
 
 
“É um time de futebol de mortos. Isso tudo causado por falta de planejamento, sem dúvida. É  a correria na hora de finalizar”, analisa a auditora Elaine Castilho, responsável pela fiscalização da obras olímpicas, durante apresentação do relatório no Dia Mundial para Segurança e Saúde no Trabalho.
 
O relatório compara ainda com os Jogos de Londres, em 2012, que não teria registrado morte de trabalhadores nas obras.
 
Só na Linha 4 do metrô, que ainda está em construção e deve ser entregue em cima da hora, foram três pessoas mortas. Um operário foi esmagado por um caminhão que andou para trás ao ser estacionado sem freio de mão. Uma queda de escada com atropelamento nos trilhos e uma mangueira de ar comprimido que escapou e chicoteou uma pessoa foram as outras mortes na obra.
 
Houveram ainda mortes no entorno do Parque Olímpica, na obra de construção do Museu da Imagem e do Som, em Copacabana, e do Museu do Amanhã, na Gamboa. A Prefeitura do Rio diz lamentar as mortes.
 
"O governo municipal ressalta, porém, que, diferentemente do que aponta o relatório, vários projetos não têm qualquer relação com os Jogos Olímpicos, como o Museu da Imagem do Som, a Nova Subida da Serra e a Supervia. E mesmo as demais obras dizem respeito a projetos de legado, ou seja, são inspiradas pelos Jogos mas não possuem vínculo direto com o evento", afirma.
 
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