Sai, azar! "Pauta negativa" dominou os últimos meses antes da Rio 2016

Pauta negativa dominou Rio 2016 em diversos momentos / Foto:  Alexander Hassenstein / Getty Images

Rio de Janeiro - Desde que foi anunciada como cidade sede dos Jogos Olímpicos, ainda em 2009, o Rio de Janeiro se movimentou para entregar uma edição histórica das Olimpíadas, a primeira feita na América do Sul, num país até pouco tempo atrás dito de terceiro mundo. 

Foram bilhões gastos na construção de arenas e na reforma urbana da cidade, com direito a uma nova linha de metrô, o BRT transolímpico, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) do Centro e inúmeras mudanças urbanísticas em praças, avenidas e bairros do Rio, em todas as zonas da capital fluminense. 

Mas, nos últimos meses, uma chamada "pauta negativa" tomou conta dos noticiários a respeito das Olimpíadas. Nunca antes se viu tanta história ruim envolvendo uma Olimpíada.

Além do terrorismo e dos problemas com a Vila Olímpica, questões que já foram levantadas em edições anteriores dos Jogos, vivemos uma verdadeira avalanche de desgraças: surto de zika vírus, morte de operários, princípio de incêndio na Vila Olímpica, abuso sexual no Parque Olímpico da Barra, acidente com caças da marinha da frota olímpica, helicóptero caindo, morte de paraquedistas... E por aí vai. 

Para relembrar tudo o que houve desde o início do ano olímpico, o EA reuniu os principais acontecimentos que fazem da Rio 2016 a Olimpíada mais "zicada" da história. Esperamos que, quando o apito tocar e as competições começarem, a "zica" vá embora e a Rio 2016 apague esse passado negativo com uma Olimpíada histórica.

Relembre 11 acontecimentos negativos da Rio 2016:

Helicóptero da PRF para as Olimpíadas teve acidente e caças da Marinha se chocaram / Foto:  Alexander Hassenstein / Getty Images

Zika vírus - O aumento do número de casos do zika virus no ano ensejou uma verdadeira leva de atletas utilizando a doença para cancelar sua vinda à Rio 2016. Só no golfe todos os melhores atletas do mundo disseram não vir mais (extra-oficialmente se fala que o fato do torneio olímpico de golfe não dar prêmio em dinheiro pesou mais que a zika), o que gerou desconforto nos dirigentes da modalidade, que tanto lutaram para que ela voltasse ao calendário olímpico depois de 112 anos fora. Só neste ano foram registrados mais de 160 mil prováveis casos de zika vírus, com uma pessoa morta pela doença. O Rio de Janeiro, com 46.027 casos, é o segundo estado da federação com mais registros. 

Terrorismo - Outro problema que gerou inúmeras coletivas de imprensa, aumento no efetivo, maior presença das Forças Armadas e uma verdadeira operação de Guerra ao Terror (envolvendo dezenas de agências de inteligência do mundo todo trabalhando em conjunto com a Abin) foi o medo de atentados terroristas na Rio 2016. Só no último mês, pelo menos quatro ameaças de bomba interditaram ruas e até o Estádio Aquático do Parque Olímpico. Oficialmente, diz-se que não há nenhum sinal de que o Estado Islâmico, principal grupo terrrorista do mundo, possa atacar o Rio. Em julho, a Polícia Federal prendeu 10 pessoas em 10 estados do país suspeitas de planejar atos de terrorismo e tentou acalmar os ânimos quanto a este problema. 

Queda da ciclovia  - Na manhã do feriado de 21 de abril, dia em que a tocha olímpica seria acesa na cidade grega de Olímpia, uma desgraça tomava as páginas dos jornais brasileiros e, em pouco tempo, do mundo: a queda de um trecho de 20 metros da ciclovia Tim Maia, na avenida Niemeyer, em São Conrado, zona sul do Rio, deixava duas pessoas mortas. A prefeitura chegou a culpar as fortes ondas pela queda da ciclovia e a imprensa mundial repercutiu o ocorrido de forma bastante crítica. 

Onça morta - Pouco tempo após a passagem do revezamento da tocha olímpica pelo Amazonas, uma onça pintada, Juma, foi morta pelo Exército após tentar fugir e avançar contra uma militar, segundo informações do Comando Militar da Amazônia (CMA). O fato gerou revolta nas redes sociais e brasileiros do país inteiro forçaram o Comitê Organizador Rio 2016 a emitir um pedido de desculpas e assumir o erro. "Erramos ao permitir que a Tocha Olímpica, símbolo da paz e da união entre os povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado. Essa cena contraria nossas crenças e valores", traz a nota. 

11 operários mortos durante as obras olímpicas - Um relatório chocante divulgado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em abril mostrou que pelo menos 11 pessoas morreram enquanto trabalhavam para as obras dos Jogos Rio 2016. Segundo a auditora Eliane Castilho, as mortes ocorreram por falta de planejamento. "É a correria na hora de finalizar", afirmou a auditora. Foram três mortos nas obras do metrô, dois no Parque Olímpico, um no Museu do Amanhã, um no Elevado do Joá, um na Transolímpica, um na Nova Subida da Serra, um na Supervia e um no Museu da Imagem e do Som. 

Suspeita de bomba chegou a evacuar Estádio Aquático, no Parque Olímpico / Foto:  Chris McGrath / Getty Images

Incêncio atinge contêiner no Parque Olímpico - Um incêndio de pequenas proporções atingiu, em janeiro, um contêiner dentro do Parque Olímpico, assustando os funcionários que trabalhavam no local. Mesmo sem maiores incidentes, o fogo gerou mais uma manchete negativa para a Rio 2016. 

Princípio de incêndio na Vila Olímpica - Falando em incêndio, depois de todas as reclamações vociferadas pela delegação australiana no dia em que ela entrou na Vila, quando as coisas já estavam acalmadas, um princípio de incêndio no prédio destinado a eles obrigou vários atletas a evacuarem o local. Equipes de bombeiro foram até o local e constataram que uma bituca de cigarro tinha sido a responsável pelo incidente. 

Paraquedistas que formavam símbolo olímpico morrem - Dois paraquedistas morreram, em junho, após um salto em Boituva (SP), enquanto treinavam para uma apresentação que seria realizada na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, em 05 de agosto, segundo o delegado que investiga o caso. A informação foi rechaçada pelo Comitê Organizador Rio 2016. "Esse salto não teve nada a ver com a cerimônia dos jogos. Não tem nenhuma apresentação de paraquedismo prevista na cerimônia", declarou a assessoria de imprensa.

Colisão de caças reservados para as Olimpíadas - No dia 26 de julho dois caças se chocaram e um deles caiu no mar, próximo a Saquarema, região dos Lagos. O piloto da aeronave seguia desaparecido até hoje, 02 de agosto. Os helicópteros faziam parte de um programa de modernização de 12 caças da Marinha para Grandes Eventos e estava à disposição para os Jogos Rio 2016, caso fosse necessário. 

Helicóptero da PRF para as Olimpíadas sofre acidente - Mais um acidente aéreo envolvendo a Rio 2016 tomou, no final de julho, as manchetes dos jornais. Um dos cinco helicópteros utilizados pela Polícia Rodoviária Federal para atender à demanda das Olimpíadas sofreu um acidente. A aeronave perdeu o controle e precisou fazer um pouso forçado, quebrando a cauda. Os três policiais que tripulavam o helicóptero não se feriram. 

Abuso sexual no Parque Olímpico - A cinco dias da abertura dos Jogos Olímpicos, na madrugada de sábado (30) para domingo (31), uma bombeira que fazia turno no Velódromo, dentro do Parque Olímpico, acordou com um chefe da segurança abusando sexualmente dela. A mulher enfrente problemas para sair de casa e está traumatizada e o abusador está preso. 

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