Sergey Bubka elogia preparação dos Jogos do Rio 2016

Sergey Bubka / Foto: COI

Rio de Janeiro - Aos 51 anos, o ucraniano Sergey Bubka ainda é considerado o maior atleta da história do salto com vara mundial. Ele não compete desde 2001, quando se aposentou oficialmente, mas até hoje detém as 10 melhores marcas da história da modalidade. Embora tenha deixado a vida de esportista para trás, Bubka segue atuando no esporte, agora como dirigente.
 
Bubka acumula diversas funções e está intimamente ligado aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. Atualmente, é o presidente do Comitê Olímpico da Ucrânia, vice-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) e membro da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI).
 
Otimista em relação à realização dos Jogos no Brasil, o ex-saltador visita o Rio de Janeiro com frequência e elogiou o avanço do país na preparação para o evento. “Estive lá no último ano e vi que tudo está progredindo.
 
Fiquei impressionado com a Vila dos Atletas, é muito bonita. Sei que todas as autoridades estão trabalhando duro para entregar os Jogos de sucesso”, elogiou.
 
Em 2014, Sergey Bubka viu o francês Renaud Lavillenie saltar 6,16m e quebrar seu recorde mundial indoor do salto com vara, que já durava mais de 20 anos. 
 
Mas em provas a céu aberto — como ocorre nos Jogos Olímpicos —, o reinado do ucraniano está longe de ser batido, embora ele torça para que sua marca de 6,14m seja superada. O russo Maksim Tarasov, em 1999, e o australiano Dmitri Markov, em 2001, foram os que chegaram mais perto, ambos com saltos de 6,05m.
 
“É importante passar o bastão. Meu dever como vice-presidente da IAAF é ajudar a nova geração a ter sucesso. Eu já fiquei com o recorde por muitos anos. Você precisa ter novos heróis, novos ídolos e novos campeões para servirem de modelo”, opinou.
 
Bubka esteve em Brasília para a abertura da exposição “Esporte Movimento”, que pode ser visitada no Espaço Caixa Cultural até 5 de abril.
 
Expectativas para 2016 Estou feliz de estar envolvido na preparação dos Jogos de 2016 como membro da Comissão de Coordenação pelo COI e estou confiante no sucesso no ano que vem. Serão Jogos muito bons para a celebração do olimpismo e dos atletas. 
 
Sei que todas as autoridades estão trabalhando duro para entregar Jogos de sucesso.
 
Passado como atleta e presente como dirigenteAcho que isso é importante porque você entende os atletas, entende o jeito de trabalhar, de se preparar e de organizar. É um conhecimento que te ajuda a ser um bom dirigente. Sou feliz por ter a oportunidade de dar retorno ao esporte, de ajudar a desenvolver os jovens, de mostrá-los o caminho certo para ter sucesso e construir uma visão e um estilo de vida sadios.
 
Progresso da preparação do RioEstive lá no último ano e vi que tudo está progredindo. Fiquei impressionado com a Vila dos Atletas. É muito bonita. O desenvolvimento do Campo de Golfe também e de outras instalações está indo bem.
 
Vou voltar no mês que vem, porque a Comissão de Coordenação estará lá. Toda vez é excitante. Sei que não temos muito tempo, temos que trabalhar duro e juntos para entregar e aproveitar os Jogos.
 
Recorde mundial do salto com varaRenaud Lavillenie é um grande saltador que representa a fantástica escola francesa de salto com vara. Ele saltou 6,16m (quebrou o recorde indoor. A melhor marca de Bubka em estádio aberto é de 6,14m, ainda não superada). É importante passar o bastão. Meu dever como vice-presidente da IAAF é ajudar a nova geração a ter sucesso. 
 
Eu já fiquei com o recorde por muitos anos e você precisa ter novos heróis, novos ídolos, novos campeões para servirem de modelo, para atrair os jovens para o esporte.
 
Faltou alguma conquista na carreira? Fico feliz com tudo o que conquistei. Fico feliz de ser 10 vezes campeão mundial e de ser campeão olímpico. Teria sido ótimo ter conquistado mais medalhas olímpicas, mas isso é o esporte, às vezes você ganha, às vezes perde. Por isso estou satisfeito. Tive uma ótima carreira. Para mim é importante estar envolvido com o esporte como estou hoje, é algo especial.
 
O ouro olímpico em 1988 - Eu fiquei feliz de ver o pôster e a tocha dos Jogos Olímpicos de 1988, na Coreia do Sul. Lembro-me muito bem do dia da competição. Lembro como foi difícil. Só consegui a vitória na última tentativa. Foi um momento empolgante, mas também a competição mais difícil da minha carreira. No fim eu me tornei campeão olímpico, meu sonho se tornou realidade e sou feliz por isso.
 
Trabalho do Comitê Olímpico da Ucrânia - O Comitê Olímpico da Ucrânia recebeu um prêmio dois anos atrás como um dos melhores em projetos e atividades para promover o olimpismo e organizar eventos especiais. Não apenas nos envolvemos na preparação para trazer atletas, mas construímos a pirâmide desde a raiz, com o esporte nas escolas. 
 
Temos programas especiais, como o Dia Olímpico, a Lição Olímpica, a Semana Olímpica e o Livro Olímpico, nos quais vamos às escolas para apresentar o movimento olímpico, motivá-los e trazê-los para o esporte.
 
Exposição Esporte Movimento - Honestamente, nunca vi nada parecido. Eu conheço o Roberto Gesta, ele é um amigo próximo e sei que ele tem uma das melhores coleções, mas o que vi hoje vai além da minha imaginação. 
 
É único. Acho que é importante que o mundo veja essas peças da memória do esporte. Considero o Brasil uma poderosa nação olímpica e o país precisa ter museus esportivos para deixar um legado e a história do movimento olímpico.
 
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