Terrorismo em Paris já atinge Jogos Olímpicos do Rio, em 2016

Simulado de emergência para 2016 / Foto: Alex Ferro / Rio 2016

Rio de Janeiro – Os atentados ocorridos na última sexta-feira, em Paris, e que deixaram 129 pessoas mortas, já modificam a forma como o Rio de Janeiro pretende lidar com a segurança nos Jogos Olímpicos de 2016. Uma reunião entre o COI (Comitê Olímpico Internacional), o comitê organizador e o governo federal, na próxima semana, discutirá mudanças relacionadas ao tema.
 
Alteração no número de agentes de segurança envolvidos nos Jogos, bem como o custo total desses serviços deverão ser discutidos. Além disso, o cônsul francês no Rio, Brice Roquefeuil, encontrou-se com José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Rio. O intuito foi discutir formas de proteger o consulado, no centro, e a escola francesa, em Laranjeiras, para evitar qualquer tipo de retaliação.
 
A ordem, publicamente, é evitar a histeria e manter o plano de segurança mantido anteriormente. O jornal Folha de S. Paulo informa, no entanto, que servidores garantiram já estar em andamento mudanças no planejamento inicial após os atentados.
 
O custo de R$ 930 milhões previsto para segurança poderá aumentar caso as mudanças discutidas sejam implantadas. Uma delas é aumentar os responsáveis pelo monitoramento das redes sociais, como também expandir os esquemas de segurança das delegações. Além disso, os 315 agentes previamente definidos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para os Jogos Olímpicos já parecem pouco agora.
 
Diferentemente da Copa do Mundo de 2014, quando Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha eram o foco da segurança, os Jogos de 2016 modificaram este panorama após os atentados em Paris. Agora, prevê-se que França, Rússia e Israel liderem o grupo dos que deverão ser mais protegidos. Os três países atacam o Estado Islâmico com frequência.
 
O número de agentes também deverá crescer em relação aos servidores estrangeiros. O DEA (Agência Americana Antidrogas), que conseguiu recentemente o direito de instalar um escritório no Rio, permanecerá por aqui mesmo após os Jogos. E terá seu efetivo aumentado depois dos ataques terroristas de sexta-feira.
 
A França, principal vítima dos ataques do Estado Islâmico, também terá um escritório de segurança no Rio durante as Olimpíadas, com o objetivo de acompanhar seus atletas.
 
O pedido de visto, cuja isenção chegou a ser cogitada para os Jogos, deverá se tornar obrigatório. Pelo menos este é o pedido do Ministério da Defesa, já aprovado na Câmara e que aguarda sanção da presidenta Dilma Rousseff. Os planos são isentar apenas Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão de apresentarem visto durante a entrada de turistas nos Jogos Olímpicos. Os países foram escolhidos, segundo Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo, a partir de critérios como baixos risco migratório e para a segurança nacional.
 
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