Virna, sobre vontade de ir aos Jogos: "Queria ter 15 anos a menos"

Virna e Oscar / Foto: Rio 2016 / Marcus de Paula

Rio de Janeiro - A 62 dias da cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016, a cidade de Natal viveu um dia Olímpico neste sábado (4). A passagem da tocha na cidade, por si só, seria motivo de festa, mas atletas locais do mais alto nível abrilhantaram a ocasião. Oscar Schmidt, Virna Dias e Clodoaldo Silva entraram na rota do revezamento e conduziram adiante a chama Olímpica pela capital potiguar. Recordista de pontos na história do basquetebol, cinco Jogos Olímpicos disputados, título pan-americano, ídolo nacional... Oscar é uma lenda viva do esporte. Só que ainda faltava algo em seu currículo: conduzir a tocha em sua cidade.

Foi com lágrimas nos olhos que o "Mão Santa" realizou a tarefa: "É fora do normal. Naquele momento, a chama Olímpica está só em suas mãos", disse. No trajeto bem conhecido, passou ao lado da escola onde estudou e fez suas primeiras cestas rumo às cinco edições de Jogos Olímpicos que disputou: Moscou 1980, Los Angeles 1984, Seul 1988, Barcelona 1992 e Atlanta 1996. Não conquistou nenhuma medalha, mas acredita que a atual geração pode honrá-lo com o pódio no Rio 2016.

"O time de basquete, quando está completo, é muito bom. É muito provável que ganhe medalha”, afirma. O ídolo do basquetebol recebeu a chama Olímpica de um ícone das quadras de voleibol. Virna Dias, que conquistou dois bronzes Oímpicos, em Atlanta 1996 e Sydney 2000, foi uma das primeiras condutoras em Natal: "Esta é a cidade mais linda do mundo. Já rodei o planeta, mas ar igual ao daqui não tem", disse. Mãe de três filhos, ela fez questão de levar a família: Maria, de 3 anos, Pedro, de 5, e Vítor, de 25, acompanharam a ex-jogadora (fora do cordão de isolamento) no momento histórico. Aos 44 anos, lamenta apenas não poder mais entrar em quadra: "Queria ter 15 anos a menos para poder disputar os Jogos Olímpicos em casa".

Nesta sexta-feira (3), outro atleta Olímpico emprestou seu brilho ao revezamento da tocha. O paraibano Júnior, ex-jogador de futebol que defendeu a seleção nos Jogos Montreal 1976 e ficou em quarto lugar, acendeu a pira em João Pessoa. "Não pensei duas vezes quando recebi o convite. Já conduzi a tocha no Pan do Rio e foi uma emoção indescritível. Teria feito qualquer sacrifício para conduzir na minha cidade natal. É um momento único, não vou ter isso nunca mais", comentou o "Capacete", como era conhecido nos tepos de jogador pela vistosa cabeleira que exibia no início de carreira.

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