Vítima de abuso no Parque Olímpico não consegue sair de casa: "vergonha"

Velódromo foi local onde vítima sofreu abuso / Foto: Matthew Stockman / Getty Images

Rio de Janeiro - Vítima de um estupro pelo supervisor de segurança do turno da madrugada no Parque Olímpico, a bombeira L.T.R.R., de 22 anos, se mostrou abalada e envergonhada pelo que lhe aconteceu na última madrugada de sábado para domingo. 

A moça, em entrevista ao UOL, declarou que não conseguiu ir trabalhar. "A empresa me ligou e pediu para eu ir lá às 9h. Tomei muito remédio por causa da situação e não consegui acordar. Estou com muita vergonha de sair na rua", afirmou.

Ela tinha o aniversário de dois anos de sua filha, no domingo, mas não pode ir. A jovem afirma estar isolada em seu quarto, na casa onde mora, em Nilópolis, na baixada fluminense. Na sua cabeça, as cenas cometidas pelo supervisor de segurança se repetiam incessantemente. 

“Se tiver mais gente assim [trabalhando na segurança] pode acontecer outro caso.  Mas espero que não aconteça mais”, pede L.T.R.R. O abusador trabalha para uma empresa quarteirizada que presta serviço no Parque Olímpico. A vítima, para a Gocil.
 
“Se não precisasse do dinheiro, nem trabalharia mais. Mas alguém da empresa [Gocil] me disse que poderia me transferir para um complexo que fica mais perto de casa. Também não quero mais voltar para o Velódromo, as pessoas vão ficar me perguntando como foi, me olhando”, diz.
 
A Gocil emitiu uma nota à imprensa nesta segunda-feira sobre o ocorrido:
 
“A Gocil Segurança e Serviços, empresa com mais de 30 anos de atuação, preza e trabalha dentro de princípios éticos e legais e com um rigoroso código de conduta. Colaborando de maneira irrestrita com a justiça, a empresa irá aguardar a apuração dos fatos, para tomar medidas definitivas e alinhadas com o que for justo e correto. Atitudes assim sempre moveram e definiram e empresa ao longo de sua existência”, traz o comunicado.
 
O criminoso está preso e deverá ser apresentado ao juiz nesta terça-feira.

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